Estudantes que fazem intercâmbio na Europa relatam a experiência
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Desde setembro do ano passado, as Universidades de Lisboa, do Porto e da Madeira, localizadas em Portugal, receberam dez estudantes de cursos de graduação da Ufal, que vão ficar por lá até fevereiro desse ano. Essa oportunidade para os alagoanos foi patrocinada por meio do Programa de Bolsas Luso–Brasileiras Santander Universidades. São seis meses de estudo com atividades acadêmicas em outro país, integradas ao currículo do curso que fazem na Ufal. Para os seis meses, o valor total da bolsa é de 3.300 euros.
O professor Ricardo Tenório, da Assessoria de Intercâmbio Internacional, explica que o Plano de Estudo desenvolvido é compartilhado com a universidade que acolhe o aluno. “Isso significa que, mesmo afastado do curso da Ufal durante seis meses, o aluno não será prejudicado em suas atividades acadêmicas”, enfatizou Ricardo.
Para a reitora da Ufal, Ana Dayse Dorea, a oportunidade de integrar o Programa de Mobilidade Estudantil Internacional é uma grande responsabilidade. “Esses estudantes na Europa representam a UFAL e estão honrando e divulgando a nossa nordestinidade. Eles estão tendo a oportunidade de conhecer uma importante referência cultural, além de criar vínculos para, quem sabe, uma futura pós-graduação”, refletiu a reitora.
Quando voltarem, os estudantes vão participar de várias atividades para relatar as experiências vividas, com o objetivo de despertar o interesse de novos alunos para participar do Programa de Mobilidade Internacional.
Antes mesmo do retorno, o aluno Jalon Nunes, de Serviço Social, enviou por email um relato da experiência que está vivendo. Ele fala da receptividade dos portugueses e dos museus que conheceu. O estudante conta até suas experiências com a culinária local. “No que diz respeito à culinária, ninguém deve vir a Portugal, e especialmente Lisboa, e retornar sem comer algum prato a base de bacalhau ou sem experimentar os pastéis de Belém, através da única fábrica portuguesa que os faz com autenticidade e sabor único desde 1837”, conta o visitante.
O grupo da Ufal também conheceu a Espanha e a França. Nesse país, os estudantes tiveram experiências bastante difíceis com o inverno europeu, e relatam, com o esperado espírito crítico de um estudante da Universidade, as desigualdades sociais observadas em um país de primeiro mundo. “No inverno, o governo francês permite que as pessoas desabrigadas usem as estações de metrô como refúgio no intenso inverno frio, e estas tornam-se ainda mais sujas e impróprias. Os ideais de liberté, égalité e fraternité que estão incutidos na mente do mundo e numa história de luta, assim como no monumento de La Bastille, a praça onde deu-se a queda do poder vigente, através da Revolução Francesa de 1789, perdem-se nas visões decepcionantes e atípicas para uma cidade dita de luz.”
Para ler o relato completo enviado pelo estudante de Serviço Social da Ufal, Jalon Nunes, veja o anexo.
Email : jalon.n@hotmail.com