Campus Arapiraca é parceiro na recuperação do rio São Francisco


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Flavia Barros, coordenadora do Centro de Referência
Flavia Barros, coordenadora do Centro de Referência

Diana Monteiro – jornalista

Para a recuperação de áreas degradadas da Bacia Hidrográfica do São Francisco, o governo Federal, através dos Ministérios da Integração Nacional e do Meio Ambiente, criou Centros de Referência, coordenados  por instituições federais de ensino superior. Dois centros estão em Minas Gerais, sob a coordenação da Universidade Federal de Brasília e da Universidade Federal de Lavras; um no Estado de Pernambuco, sob a responsabilidade da Universidade do Vale do São Francisco; e um em Alagoas, coordenado pela Ufal, com a participação da Universidade Federal de Sergipe.

Uma equipe de professores dos cursos de Agronomia e de Biologia do Campus Arapiraca integra a equipe da Universidade Federal de Alagoas, responsável por um dos Centros de Referência em recuperação de áreas degradadas  e manejo florestal da Bacia do São Francisco. Dois viveiros para a produção de 50 mil mudas cada serão instalados no Campus do Agreste e no Campus Maceió.

A coordenadora do Centro de Referência do Baixo São Francisco, professora Flávia Barros, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, informa que  "essas ações de reflorestamento do Baixo São Francisco, totalizarão a produção de 100 mil mudas, que serão plantadas numa área de 214 km de extensão".

O Centro de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas do Baixo São Francisco será inaugurado em maio e terá duas sub-sedes no Estado. “Teremos sub-sedes em Arapiraca, que está dentro da bacia por um dos tributários, e em Maceió”, informa Flávia.

Segundo Flávia, os locais serão referência para governo, Ongs e a população em geral, na busca de informações, tanto do ponto de vista técnico como para parcerias. “A descentralizarão das duas sub-sedes é para facilitar o trabalho, porque se funcionassem em um só local demandaria deslocamento da equipe e de interessados nas ações”, diz a coordenadora.

Nessa primeira fase já foram firmadas  algumas parcerias e o trabalho está na fase de coletas de sementes  para dar início a produção de mudas. “Este ano estão previstos recursos do governo federal para o reflorestamento de áreas piloto, totalizando 60 hectares em diferentes condições ambientais diferentes”, enfatiza a coordenadora.

Plano de Ação

Os Centros de Referência estão dentro do Plano de Aceleração do Crescimento e objetivam gerar e difundir tecnologias para  recuperação e recomposição das Áreas de Preservação Permanentes, ou seja, nascentes e cursos d’água.  “Essa iniciativa do governo federal visa o desenvolvimento sustentável envolvendo a sociedade. O rio São Francisco faz parte da nossa história e, mesmo o trabalho estando no início, já há vários produtores da região solicitando mudas de caatinga para as matas ciliares. Tenho certeza que faremos importantes parcerias e é fundamental o envolvimento do poder público para cumprimento das demais etapas de reflorestamento”, diz Flávia Barros.