Construção traz riscos para o Museu de História Natural
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A estrutura física do Museu de História Natural da Ufal vem sofrendo vários danos e transtornos com a construção de um edifício ao lado, no bairro do Farol. Há várias semanas, materiais de trabalho da construtora estão danificando boa parte da estrutura física do prédio, que é referência para pesquisa no Estado.
Atualmente, o prédio abriga três núcleos de pesquisas: Usina Ciência, Laboratório de Ciência do Mar e o Museu de História Natural. O Museu é o que tem sido mais atingido pelos detritos da obra. Segundo a diretora desse núcleo, Flávia Barros, materiais como cimento, tábuas de madeira, britas, areia e até capacete de trabalhadores da obra, vem caindo sobre o espaço do prédio da universidade. Com isso, jovens e crianças que costumam visitar o museu, se encontram cada vez mais vulneráveis a acidentes. “Existem hoje no museu várias exposições, animais para estudo e diversas raridades do campo acadêmico, que não podem ser expostos a esse tipo de irregularidade”, alerta a diretora.
O engenheiro da superintendência de Infraestrutura da Ufal, Wilson Porciúncula, está fazendo um relatório com o levantamento detalhado dos danos causados pela obra, que será encaminhado à empresa responsável, a fim de que sejam tomadas as devidas providências.
Segundo o engenheiro da Ufal, é inevitável que durante a construção de um prédio de mais de vinte andares ocorra queda de alguns materiais. "Mas a construtora Marroquim tem sido sensível às nossas colocações e tomou algumas providências, como a colocação de cobertura de zinco para proteger as telhas de fibrocimento da Usina Ciência e a construção de abrigos para os carros", explica Wilson.