Física do Campus Arapiraca realiza estudo com cristais selenitas
Com financiamento do CNPq, sob a coordenação do professor Pedro Valentim dos Santos, do curso de Física do campus Arapiraca, a pesquisa “Materiais fotorrefrativos para medidas de vibrações mecânicas” está em pleno desenvolvimento, em parceria com o Grupo de Cristalografia de Materiais do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás.
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Diana Monteiro – jornalista
Pedro Valentim explica que o estudo científico realizado no campus Arapiraca tem como objetivo investigar técnicas ópticas que utilizam materiais fotorrefrativos para a medida de vibrações mecânicas, além de escolher a que tenha melhores perspectivas concretas em termos tecnológicos e compará-la com outras técnicas ópticas existentes.
Uma técnica óptica de medidas de vibração já bem desenvolvida e usada comercialmente, diz Pedro Valentim, é a que faz uso do efeito Doppler da luz laser, chamada de LDV (Laser Doppler Vibrometry).
O professor acrescenta que a medida de vibrações mecânicas é uma necessidade crescente na indústria de forma geral. “Novas tecnologias de medida são cada vez mais investigadas e empregadas na indústria. Dentre as técnicas utilizadas, faz-se distinção entre aquelas que são ópticas, com uso de luz, principalmente laser”, diz o professor.
A Universidade Federal de Goiás participa com a fabricação das amostras de cristais selenitas que são analisados pelos pesquisadores de Alagoas. “Os cristais selenitas são considerados bons materiais para serem utilizados em laboratórios para a análise de hologramas”, acrescenta Valetim. O professor Jesiel Carvalho, do Grupo de Cristalografia da Universidade Federal de Goiás, é quem fabrica as amostras de cristal que são analisadas no Laboratório do curso de Arapiraca.
Holograma ou holografia é uma forma de registrar ou apresentar uma imagem em três dimensões e é utilizada pela Física como uma sofisticada técnica fotográfica, para análise de materiais ou armazenamento de dados. Os hologramas têm uma característica única: cada parte deles possui a informação do todo e é utilizado em outra áreas como na Neurologia, na Neurofisiologia e na Neuropsicologia para explicar como o cérebro armazena as informações ou como nossa memória funciona.
São colaboradores também na pesquisa os professores Samuel Silva de Albuquerque, Adriana Ribeiro, Maria Tereza de Araújo, Marcos Vinícius Dias Vermelho e Evandro José Tavares de Araujo Gouveia, do Campus Maceió.
Laboratórios
Com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, já foram instalados no Campus Arapiraca um Laboratório de Física e um de Biotecnologia, sendo o último importante para pesquisas em diversas áreas, beneficiando, assim, vários cursos. “Estou preparando a proposta CTinfra (MCT), solicitando financiamento para implantação de infraestrutura de pesquisa no campus Arapiraca, no valor de até R$ 2,5 milhões de reais”, informa Pedro Valentim.