Conecte incentiva participação dos alunos em pesquisas


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Mesa de abertura do Conecte 2009
Mesa de abertura do Conecte 2009

Lenilda Luna - jornalista e Lívia Santana - estagiária

Em sua terceira edição, o Congresso de Engenharia, Ciência e Tecnologia (Conecte 2009) consolida o sucesso das edições anteriores. Realizado no Centro de Tecnologia (Ctec), o congresso, que parte dos esforços conjuntos de alunos e professores, visa exibir os trabalhos de iniciação científica que estão sendo desenvolvidos e abrir um espaço de discussão para os temas abordados.

O crescimento do Congresso pode ser medido pelo número de inscrições. Ano passado, foram 300 participantes. Este ano, são 513 inscritos, entre graduandos e pós-graduandos, além de 171 trabalhos de pesquisa a serem apresentados. Outra característica desta edição é a ampliação de participantes de outras instituições. O Cefet, que ano passado inscreveu 23 alunos, este ano tem uma representação de 97 estudantes. O Cesmac teve um crescimento de quase 600% de participantes no Conecte; em 2008, a instituição teve apenas 6 alunos participando, enquanto que este ano são 56 alunos.

Na solenidade de abertura do Conecte, o aluno Christiano Varady Filho, coordenador  do Programa Especial de Capacitação Discente (PEC Engenharia), falou do entusiasmo dos alunos em participarem do Congresso, como forma de divulgar os trabalhos de pesquisa que são realizados pelo curso. "Ficamos felizes em compartilhar os trabalhos que realizamos, além de ser uma grande contribuição para o crescimento acadêmico do curso", destacou o aluno.

O professor Wayne Santos de Assis, coordenador do Conecte 2009, destacou a importância do PEC Engenharia para a consolidação da pesquisa no Ctec. "O PEC comemorou, em setembro do ano passado, sete anos de existência, e vem conquistando resultados bastante satisfatórios. Os egressos do Programa ingressaram em mestrados e doutorados de instituições como a Escola de Engenharia da Universidade de São Carlos, a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal do Rio Grande Sul, a Universidade Federal de Pernambuco e a própria Ufal”, destacou o professor.

O coordenador do Congresso informou ainda que, há dois meses, um egresso do PEC concluiu o doutorado, defendendo sua tese no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, apresentando trabalho desenvolvido em parceria com instituições da Holanda e Dinamarca.

A professora Aline da Silva Ramos Barbosa, diretora do Ctec, manifestou a emoção em participar de mais um Congresso. “O conecte nasceu do desejo de um grupo de alunos e já na segunda edição deixou de ser um evento localizado no nosso Centro para reunir alunos pesquisadores de outras instituições. Isso manifesta uma grande vontade de integração entre pesquisadores da área, para produzir mais conhecimento em ciência e tecnologia”, disse a professora.

Os pró-reitores presentes, João Carlos Barbirato e Eduardo Lyra, além do professor José Geraldo Ribeiro, que representou a Prograd, destacaram o engajamento dos alunos de engenharia nas ações de pesquisa e extensão. Barbirato lembrou a trajetória de grupos embrionários, na década de 80, que foram importantes para esse estímulo à pesquisa.

O pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra, ressaltou que assim se faz realmente universidade, "não com discursos contendo críticas vazias e pouco produtivas, com os quais nos deparamos em algumas situações na universidade, mas construindo conhecimento, a partir de ações concretas e de estudos aprofundados. Assim fortalecemos as relações com outras instituições e com a sociedade, e superamos as dificuldades para que a universidade possa crescer", disse o pró-reitor.

Apresentações dos trabalhos movimentaram o Ctec

Depois da solenidade de abertura, os participantes se dirigiram e distribuíram-se de acordo com seus interesses, entre as 10 salas no Ctec, onde houve apresentações de trabalhos de iniciação científica. Eram, em média, 16 apresentações por sala, totalizando 171 trabalhos de pesquisa.

Após um breve intervalo, das 12h às 14h, os participantes voltaram com mais sede de aprendizado e lotaram as salas de apresentação até as 18h. Após o término das apresentações todos se reuniram no auditório do Severinão, onde houve o encerramento oficial.

O Conecte contou com a presença de alunos da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do interior do Estado. Também participaram alunos de outras faculdades, como Uncisal e Cefet. Para deixar o Congresso ainda mais heterogêneo, participaram alunos de outros cursos além da Engenharia Civil, como Física, Química, Matemática, Farmácia, Arquitetura, Engenharia Elétrica, Engenharia Química e Engenharia Ambiental.

Às 14h30, foi proferida uma palestra com o tema “Concreto auto-adensável: características, aplicações e inovações, feita pelo professor Welligton Repette, da Universidade Federal de Santa Catarina.

“Achei interessante porque não sabia do cimento adensável, não conhecia e me despertou curiosidade, irei pesquisar sobre o assunto”, disse o aluno Marden Thiago Omena, 1º período de Engenharia Civil do Cesmac.

O evento foi organizado pelos alunos do Programa Especial de Capacitação Discente – PEC de Engenharia Civil.  Beatriz Barbosa, uma dos quinze organizadores, conta que os alunos estão se preparando desde dezembro do ano passado. “É uma grande oportunidade para iniciar a vida acadêmica, porque todo desenvolvimento nasce da pesquisa. Sabemos o que acontece em nossa volta e assim não ficamos alienados. Ficamos a par de vários temas”, destaca.

Guilherme Barbosa, estudante do 5º ano do curso de Engenharia Civil da Ufal, participou de todas as edições como apresentador. “Desde o segundo ano do curso faço parte do PET – Programa de Educação Tutorial. Depois trabalhei sozinho em minhas pesquisas com auxílio de professor. Minhas pesquisas são no ramo da Hidráulica, Saneamento, e Recursos Hídricos. Hoje, pesquiso sobre o esgotamento sanitário”, explica Guilherme. O aluno ressalta ainda que é importante participar também como espectador, porque há um aprendizado com as pesquisas em desenvolvimento dos colegas. “Acompanhando as apresentações, surgem novas sugestões de pesquisas a serem desenvolvidas. Isso é fundamental para o currículo”, complementa o aluno.