Museu de História Natural participa da Semana Nacional dos Museus
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A Semana Nacional de Museus é promovida pelo Ministério da Cultura e está na sétima edição, nos dias 17 a 23 de maio. A programação engloba atividades realizadas por instituições museológicas de todo o Brasil, no período em que se comemora o Dia Internacional dos Museus (18 de maio).
Em Alagoas, várias instituições promoverão atividades especiais, entre elas, o Museu de História Natural que, além do acervo exposto para visitação, ainda terá palestras com professores da instituição e exibição de vídeos-documentários sobre Darwin e a Teoria da Evolução, que este ano completa 150 anos. Veja a programação logo abaixo, em anexo.
MNH realiza pesquisa e conservação de cavernas
Conservar uma caverna é manter suas características próprias inalteradas, de modo a modificar o menos possível o ambiente. O Museu de História Natural da Universidade Federal de Alagoas realiza um estudo na área de conservação de cavernas e conta com uma réplica de caverna, com suas principais características.
No setor de geologia e paleontologia do Museu, alunos do curso de Biologia e de outros cursos participam de um projeto que estuda estas áreas, com o objetivo de identificar locais que apresentam cavernas em Alagoas e no nordeste e propor ações de proteção ao uso desses espaços.
As cavernas clássicas, formadas por rochas calcárias, têm formas mais ornamentadas e desenhadas, são encontradas nas regiões do Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. Já as cavernas encontradas em Alagoas são formadas de granito, que têm estrutura geológica formada por desmoronamentos e que formam cavidades.
“O estudo é importante para identificar a evolução, adaptação, mudanças fisiológicas de organismos que vivem nas cavernas”, afirma o professor Jorge Luis, diretor técnico do Museu de História Natural e coordenador do projeto. O professor realiza exploração de cavernas há mais de 30 anos, e no ano passado começou a realizar o estudo na Ufal.
Foram encontrados também no interior das cavernas fósseis de mamíferos, que procuram abrigos ou são levados pelas águas das chuvas e morrem. As cavernas ajudam na conservação dos fósseis, pois retêm gás amônia e gás carbônico.
O estudo é realizado através de coletas de morcegos, ácaros, insetos, animais endêmicos, que nascem e morrem sem nunca terem saído das cavernas (muitos deles são albinos), estudos de formação geológica, estudos de fósseis e estudo de presença humana.
O principal objetivo do estudo é conhecer o potencial grau de sensibilidade e como funcionará o plano de manejo. Caso tudo ocorra bem, a caverna poderá ser aberta para visitação através de projetos de ecoturismo.O estudo define ainda o numero máximo de pessoas que poderão visitar a caverna por dia e os períodos do ano acessíveis ao local. O estudo dura cerca de um ano.
Interessados em visitar o MHN deverão agendar visita pelo telefone: 3221-2724.