Pesquisador de derivados de cana–de-açúcar participa de Congresso Brasileiro


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Professor João Nunes orienta diversas pesquisas na Ufal
Professor João Nunes orienta diversas pesquisas na Ufal

Diana Monteiro - Jornalista

Com pesquisas em pleno desenvolvimento no Laboratório de Derivados da Cana-de-Açúcar, o professor João Nunes de Vasconcelos, do curso de Engenharia Química da Universidade Federal de Alagoas, participa em Salvador, a partir desta quarta-feira, 20, até o dia 22, do II Congresso Brasileiro da Cachaça. O evento reúne pesquisadores de universidades e representantes deste setor no país.

O professor João Nunes, na área de derivados de cana–de–açúcar realiza estudos focados no isolamento, seleção e fermentação de leveduras produtoras de etanol. Nesta linha de células imobilizadas já é detentor de uma patente e há três solicitações de patentes sendo analisadas pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI).

Doutor em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos ele vem orientando diversas pesquisas de alunos de graduação e pós–graduação do Centro de Tecnologia e do Instituto de Química e Biotecnologia. As pesquisas são na área de produção e envelhecimento de cachaça em barris de carvalho.

“Na graduação estou como orientador de um aluno do Programa de Iniciação Científica e de dois alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Oriento também uma dissertação de mestrado sobre ‘Produção de Aguardente de Mel de Abelhas de Diferentes Floradas’, informa o professor João Nunes.

Empresa

Vinculada à Incubadora de Empresas de Alagoas (Incubal),  foi criada, em dezembro do ano passado, a Empresa Nunes e Góes Beneficiamento e Comércio e Bebidas Ltda., que está instalada na Unidade Experimental de Produção de Derivados de Cana-de-Açúcar, no Ctec.

João Nunes diz que uma das pesquisas que motivou a criação da empresa é a que trata sobre a “Produção Artesanal de Cachaça em Alambique de  Cobre e o Seu Envelhecimento em Barris de Diferentes Tipos de Madeira”.

O pesquisador acrescenta que a pesquisa utiliza barris feitos com nove tipos de madeira. Os barris de bálsamo, carvalho, castanheira, ipê amarelo, jatobá, jequitibá, peroba, timborara e umburana são adquiridos de fabricantes do Estado de Minas Gerais.

João Nunes explica que o envelhecimento em barris de madeira melhora as características físico–químicas e sensoriais da cachaça, que adquire coloração e sabor diferentes da cachaça  branca. “Pela legislação o teor de álcool na cachaça é de 38 a 48% em volume a 20% Celsius. Porém é mais comum a comercialização com valores próximos de 40% em volume”, enfatiza.

O pesquisador informa ainda que até junho a empresa Nunes e Góes deverá lançar no mercado local a cachaça armazenada em barris de carvalho, castanheira e jequitibá. O produto terá como marca “Engenho Nunes”.

Mais informações através dos seguintes contatos: jnunes@ctecufal.br e nunesegoes@gmail.com.