Proposta de novo vestibular é apresentada à escolas do Ensino Médio


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Escolas conhecem novo modelo de acesso ao ensino superior
Escolas conhecem novo modelo de acesso ao ensino superior

Clayton Santos - jornalista

Dezenas de representantes de escolas que ofertam o Ensino Médio em Alagoas compareceram na manhã desta segunda-feira, 11, a um encontro com representantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O objetivo do evento foi levar aos dirigentes e representantes das escolas mais informações sobre o novo modelo de acesso às universidades federais proposto pelo Ministério da Educação (MEC).

Com a proposta, o MEC sugere a adoção de um processo seletivo unificado e de caráter nacional para o acesso às universidades. Nesta nova forma de acesso, o aluno poderá escolher 5 opções de curso em 5 instituições diferentes. A prova unificada para o acesso às instituições será um Novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será reformulado para atender à nova realidade visualizada pelo MEC.

A decisão acerca da adoção do novo modelo de acesso às universidades caberá ao Conselho Universitário (Consuni) da Ufal, instância máxima de decisão da universidade composto por professores, técnicos-administrativos e estudantes da instituição. O evento desta segunda-feira foi aberto pela reitora da Ufal Ana Dayse Rezende Dórea e também contou com a participação do secretário de Estado da Educação Rogério Teófilo.

Rogério Teófilo elogiou a atitude democrática da reitora Ana Dayse Dórea, de construir uma proposta do Estado a partir de uma ampla discussão com os segmentos que representam a Educação Básica no Estado. “O novo Enem aponta uma nova perspectiva de vestibular, no qual o maior desafio será a formação dos nossos alunos. A SEE espera, em conjunto com as escolas de ensino médio, ajudar a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) a tomar uma posição sobre a proposta de vestibular unificado feita pelo MEC. Há muitos questionamentos sobre como devemos preparar nossos alunos e esse diálogo aberto promovido pela Ufal resultará num encaminhamento amadurecido das nossas propostas”, enfatizou.

“Estamos levando esta discussão a todos os setores envolvidos com a temática da educação em Alagoas, pois a decisão do Consuni certamente será o reflexo do posicionamento da comunidade acadêmica e também da sociedade alagoana. Queremos expor ao máximo este projeto do MEC para que a decisão a ser tomada seja a melhor diante do desafio nacional e regional de ampliar o acesso às universidades oferecendo cada vez mais um ensino superior público e de qualidade”, afirmou Ana Dayse.

Durante o encontro, a Pró-Reitora de Graduação da Ufal Maria das Graças Medeiros Tavares apresentou aos participantes as propostas de mudança do MEC, sendo seguida por explicações do coordenador da Comissão Permanente do Vestibular da Ufal José Carlos Almeida de Lima.  Em encontros passados, a Universidade já discutiu o tema com alunos do Ensino Médio e com representantes do Conselho Estadual de Educação.

Nacionalmente, as universidades que utilizarão o exame como fase única para o acesso às vagas ofertadas em seus cursos de graduação deverão se manifestar até o dia 20 de maio. Nesta quarta-feira (13/05), pró-reitores de graduação e comissões de vestibular das universidades de todo o país estarão em Brasília para reunião no MEC e para conhecerem a matriz de referência das provas do Novo Enem proposta pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Possibilidades do Novo Enem

Caso opte pelo Novo Enem, a decisão do Consuni poderá levar a Ufal a trilhar, basicamente, dois caminhos quanto à oferta de suas vagas de graduação. No primeiro, a Universidade poderá fazer a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SSU) proposto pelo MEC. O SSU é um sistema eletrônico que o Ministério vai disponibilizar para instituições de ensino superior a fim de efetivar o processamento da seleção ao ensino superior, com base no novo Enem e exclusivamente pela internet. No segundo, a Ufal poderá aderir ao novo Enem como processo de seleção sem adesão ao SSU.

Entre os ganhos em uma possível adoção do Novo Enem estariam a definição para o Ensino Médio de uma matriz curricular comum de habilidades e um conjunto de conteúdos associados a elas; a possibilidade de comparar os resultados dos exames através de uma base comum nacional; e o fortalecimento da concepção de um Sistema Nacional de Educação.

Outros benefícios seriam a possibilidade de maior mobilidade estudantil, uma vez que esta é inerente ao novo modelo de acesso às instituições; a ampliação das possibilidades de ingresso dos alunos de baixa renda; e o impacto que o novo modelo deve causar na formação do professor e no perfil do ingressante na Universidade.

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