Ufal vai receber mais estudantes africanos
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Jacqueline Freire - jornalista
A Universidade Federal de Alagoas aguarda aprovação da Capes, em parceria com a Universidade de Cabo Verde, de um novo programa que trará estudantes caboverdeanos para estudar em Alagoas. Segundo informações da professora Silvia Uchoa, da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da Ufal, caso aprovado, o processo trará os estudantes com benefício de dois meses de bolsa, provavelmente entre os meses de agosto e setembro deste ano, com direito a alimentação.
O Programa de Incentivo à Formação Científica de Estudantes Caboverdeanos deve aprimorar e incentivar o apoio do Brasil na formação científica de estudantes de países africanos, que hoje existe nos programas PEC-G e PEC-PG, dos quais a Ufal já participa. O objetivo do programa é contribuir para a formação de recursos humanos em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em Cabo Verde, estimulando vocações científicas na comunidade universitária do país.
Para ela, a Ufal será beneficiada indiretamente, pois “teríamos uma divulgação maior das áreas de pesquisa da universidade e a probabilidade de alguns destes estudantes virem cursar pós-graduação conosco, o que é extremamente positivo”. Diversas unidades acadêmicas enviaram nomes de professores dispostos a orientar os alunos. Mais de 30 professores da Ufal já se dispuseram a participar.
“No entanto, não sabemos ainda se poderemos recebê-los, pois a Capes solicita informar se a instituição pode fornecer alimentação e hospedagem e no caso da Ufal, atualmente, só podemos oferecer alimentação. Enviamos a nossa oferta de professores orientadores e alimentação e aguardamos uma posição da Capes”, explica a professora Silvia.
PROFOR-CV
O PROFOR-CV prevê que os estudantes caboverdeanos executem projetos que lhes possibilite realizar em universidades brasileiras treinamento científico sob orientação de um professor pesquisador qualificado para atuar em áreas de pesquisa acordadas, no período das férias acadêmicas de Cabo Verde, agosto e setembro. Os estudantes serão selecionados pelo governo local de acordo com o número de vagas disponíveis em cada IES parceira, e o estágio deve ocorrer nos mesmos moldes do Programa de Iniciação Científica do CNPq.
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