Cacon implanta a Braquiterapia para tratar tumores localizados
- Atualizado em
Tâmara Albuquerque - jornalista
O Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes coloca à disposição dos seus pacientes mais um importe recurso tecnológico para o tratamento radioterápico de tumores. Desde março deste ano, o serviço está funcionando com a Braquiterapia, uma modalidade de tratamento em que a dose de radiação é liberada próxima a área afetada pela doença, diminuindo os danos aos órgãos vizinhos.
O tratamento, segundo explica a coordenadora da Radioterapia, Dra. Waldenice Ferreira, é ideal para dissipar tumores localizados, especialmente os ginecológicos, com baixo índice de efeitos colaterais e significativo sucesso nos resultados.
Com a Braquiterapia, o Cacon passa a funcionar em sua plenitude, disponibilizando aos pacientes as opções existentes de tratamento contra o câncer que incluem desde ações de prevenção, consulta, estadiamento da doença e as modalidades de quimioterapia, cirurgia oncológica e radioterapia (teleterapia) além do ambulatório de cuidados paliativos.
“O impacto maior com o funcionamento da Braquiterapia é na melhora do controle da doença e aumento das chances de cura dos pacientes” enfatiza. Além disso, explica a médica, os pacientes não precisarão ser encaminhados para outras unidades de saúde, o que fortalece o vínculo com a equipe médica e o hospital.
Por enquanto, a Braquiterapia tem sido aplicada apenas em tumores ginecológicos, mas deve ser estendida para outros tipos de cânceres, como os da próstata. O Cacon tem potencial para realizar 60 atendimentos diários na radioterapia, mas com a implantação do novo tratamento, esse número deve chegar a 20 atendimentos por semana, inclusive, com a possibilidade de se transformar na contra-referência para outros Estados que não possuam esta modalidade na rede pública.
A Dra. Waldenice Ferreira lembra que o novo tratamento é fruto do esforço conjunto do coordenador do Cacon, Dr. José Cardoso, do diretor-geral do hospital, Dr. Paulo Teixeira; e da equipe de profissionais do Cacon, que deram o suporte necessário para a implantação do serviço.