Alunas selecionadas para o Programa Top China falam sobre expectativas para a viagem
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Rose Ferreira - jornalista
Maria Elisa Costa, de Engenharia Civil, e Flávia Rabelo, de Meteorologia, vão representar a Ufal na China em um intercâmbio de três semanas na Universidade de Shangai Jiatong, juntamente com outros 38 alunos e 10 professores de todo o país. O grupo viaja nesta quinta-feira, 23 de julho, e volta no dia 15 de agosto. Confira a entrevista com as alunas da Ufal sobre o processo de seleção, as expectativas e os últimos preparativos para a viagem.
Ascom: Como vocês tomaram conhecimento do Programa Top China?
Flávia: Uma amiga de curso leu sobre o Programa no site da Universidade e falou pra eu me inscrever; a partir daí, eu providenciei toda a documentação e me inscrevi para a seleção.
Elisa: Eu já tinha visto no site da Ufal uma matéria sobre a assinatura do convênio do Santander com a Ufal e fiquei na expectativa pela abertura das inscrições. Então, assim que abriu o período de inscrição, eu me candidatei, fui selecionada pelo curso e depois fui para as etapas seguintes da seleção.
Ascom: Quais os pré-requisitos para se candidatar ao Programa? E o que vocês acham que pesou mais na hora da seleção?
Flávia: Os pré-requisitos foram coeficiente acima de 8,0, inglês fluente e possuir passaporte.
Elisa: Eu acho que o que mais pesou foi a entrevista, que foi feita toda em inglês. A equipe queria ter certeza que poderíamos nos comunicar com tranquilidade. Mas é claro que a análise do currículo também foi relevante, afinal é importante que as pessoas selecionadas fossem pessoas realmente envolvidas com a universidade, que tragam um retorno para ela.
Ascom: Qual o envolvimento de vocês no âmbito acadêmico?
Flávia: Eu sempre fui envolvida com monitoria e projetos de pesquisa e acredito que isso tem me feito crescer muito enquanto estudante e futura profissional.
Elisa: Eu faço parte do Programa de Educação Tutorial (PET) de Engenharia Civil e adoro estar envolvida em atividades da universidade. Acredito que a gente sempre tem muito a ganhar sendo um aluno engajado.
Ascom: E o que as motivou a querer fazer um intercâmbio na China?
Flávia: Eu me interessei por ser um intercâmbio de curta duração e por ser voltado para um tema tão relevante para a minha área, que é Meio Ambiente e Alterações Climáticas.
Elisa: Bem, eu já tinha tentado ir para Portugal e não havia conseguido. No entanto, hoje Portugal já não seria mais interessante pra mim, já que me formo ano que vem e o intercâmbio lá dura 6 meses. Então, quando vi essa oportunidade de intercâmbio de 3 semanas e na área de Meio Ambiente, interessei-me imediatamente. Além de ser China, né? Um sonho, do outro lado do mundo, com uma cultura totalmente diferente e uma tecnologia super avançada. Acredito que será uma experiência muito rica em todos os sentidos.
Ascom: Às vésperas da viagem, quais as expectativas de vocês? O que passa pela cabeça nesse momento?
Flávia: As expectativas são muitas. Primeiro de conhecer uma cultura totalmente diferente da nossa. Eu nunca fui para o exterior antes, então eu acredito que vou ganhar uma visão mais ampla do que é o mundo, da diversidade linguística e de conhecimento. Sobre o curso, sei que vou aprender muito, tanto com as tecnologias que eles têm lá, quanto com o conhecimento que também é produzido nas outras universidades do Brasil e que teremos acesso lá.
Elisa: Eu estou muito animada com a oportunidade de estar com um grupo de 50 pessoas, dentre alunos e professores, das universidades mais conceituadas do país; esse já vai ser um intercâmbio muito rico. Além disso, fazer um curso em outro país, com aulas em inglês, aprender mandarim, conhecer os pontos turísticos de Xangai e ficar numa universidade super bem conceituada na Ásia são coisas fantásticas. Então, a minha certeza é que vou aproveitar muito, estou com expectativas mil.
Ascom: Qual a relevância do curso Meio Ambiente e Mudanças Climáticas para vocês?
Flávia: Esse curso vai me beneficiar muito porque é exclusivamente o que eu estudo. Creio que todas as palestras serão muito válidas.
Elisa: Bem, uma das áreas da Engenharia Civil é a parte de Águas e Recursos Hídricos e eu tenho muita afinidade com ela. Vai ser uma troca muito interessante porque eles têm muito em tecnologia na área de esgoto e saneamento e o Brasil tem muita demanda nesse sentido.
Ascom: O que vocês pensam em fazer quando voltarem à Ufal para transmitirem o conhecimento adquirido?
Flávia: No edital do próprio Programa consta que precisamos fazer um relatório quando voltarmos. Mas independente disso, formal ou informalmente, quero repassar tudo que tiver aprendido para os alunos do meu curso.
Elisa: Dois alunos do PET fizeram intercâmbio em Portugal e quando voltaram promovemos para que eles compartilhassem suas experiências com os outros alunos. Então, creio que faremos o mesmo quando eu voltar.
Ascom: E como está a prática do inglês? O que vocês estão fazendo nessa reta final?
Elisa: Essa semana eu tenho lido tudo em inglês. Minha maior preocupação eram os termos técnicos, mas aí eu tenho estudado e fiquei mais tranqüila porque vamos estar com professores lá e sei que eles estarão dispostos a nos esclarecer qualquer dúvida.
Flávia: Eu estou tentando estudar ao máximo o inglês e ter algumas noções do mandarim, mas o foco mesmo é o inglês porque já temos uma base muito boa e com certeza vamos conseguir nos comunicar bem lá na China.
Ascom: O que vocês têm a dizer sobre essa parceria da Ufal com o Santander?
Flávia: Eu quero agradecer totalmente à Ufal e ao Santander. Espero que essa parceria continue e promova vários outros Programas, a fim de que outros alunos tenham acesso a experiências como essa que vamos ter.
Elisa: Eu me sinto privilegiada por estar no lugar certo, na hora certa e com os requisitos necessários. Eu fiquei curiosa por saber a razão do investimento do Santander em Programas como esse e terminei descobrindo o longo histórico desse banco em apoiar o desenvolvimento cultural, em parceria com universidade do mundo todo; é uma missão que todos os outros bancos deveriam seguir. E fico muito satisfeita em ver a competência da Ufal, afinal ela é a única do Nordeste a participar desse Programa, juntamente com outras universidades super renomadas do país. Esperamos retribuir toda a confiança que tem sido depositada em nós.
Sobre o Programa
O Programa Top China Santander Universidades foi criado mediante a assinatura de convênio entre universidades brasileiras e o Grupo Santander, com o objetivo de potencializar, entre Brasil e China, a realização de projetos acadêmicos e culturais que sejam voltados eminentemente ao aprimoramento da formação de professores, alunos e funcionários das Instituições de Ensino Superior. As instituições brasileiras participantes do programa são: USP, Unesp, Unicamp, FGV, Unisinos, Ufal, UNB, Mackenzie, Anhembi Morumbi e UNIP, que também são parceiras do Santander Universidades em outros convênios acadêmicos.