HU assina nova contratualização com município: ganhos são de R$ 392 mil
O diretor-geral do Hospital Universitário, Dr. Paulo Teixeira, assinou este mês a contratualização dos serviços do hospital com o gestor municipal. Praticamente todos os serviços do HU e procedimentos tiveram aumento nos tetos de produção e financeiro. O documento já foi publicado no Diário Oficial do Município.
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Tamara Albuquerque - jornalista
Em relação ao contrato que está em vigor, o hospital terá um incremento de R$ 392 mil, mas o total contratualizado foi de R$ 1,1 milhão mensal fixo, fora o montante variável e ilimitado que será pago pela produção nos serviços de alta complexidade.
Junto com a assinatura da contratualização, foi criada uma comissão técnica envolvendo funcionários do hospital e da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió para acompanhar mensalmente as metas contratadas nos aspectos quantitativo e qualitativo. Segundo explica Paulo Teixeira, essas metas foram definidas a partir do estudo da série histórica do hospital, ou seja, daquilo que já vinha sendo produzido na instituição. Na avaliação do diretor-geral, o acréscimo financeiro de quase 400 mil reais na contratualização vai proporcionar uma “saúde financeira mais adequada” ao hospital, especialmente para honrar os compromissos financeiros.
Inicialmente a reivindicação do diretor era contratar R$ 500 mil, um montante que ainda pode ser alcançado dependendo daquilo que for produzido nos serviços de alta complexidade. Hoje, estes procedimentos chegam a gerar recursos em torno de R$ 250 mil para o hospital, um valor ainda considerado baixo.
Paulo Teixeira enfatiza que atualmente, graças à gestão voltada para a seriedade, o enxugamento da máquina administrativa e do combate ao desperdício, o Hospital Universitário não tem nenhum débito pendente com fornecedores, empresas terceirizadas ou funcionários. Entretanto, o equilíbrio entre receita e despesa na instituição ainda é frágil.
Do montante contratualizado de R$ 1,1 milhão mensal, a Direção Geral repassará aproximadamente R$ 492 mil para o pagamento da folha, R$ 500 mil para o pagamento de contratos e R$ 500 mil para os insumos, ficando um déficit de quase R$ 300 mil para equalizar com os recursos da produção da alta complexidade, dos contratos e convênios entre os ministérios da Educação e Saúde e, principalmente, combatendo as subnotificações na produção do hospital. As subnotificações são danosas ao processo de desenvolvimento da instituição, mas muitos profissionais ainda não se conscientizaram deste fato. O combate às subnotificações será alvo do trabalho de uma empresa de consultoria que a Direção Geral está contratando, ainda este ano, para apontar soluções a problemas pontuais da administração.