Inscrições abertas para apresentação de trabalhos no Encontro Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo
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Informações do site Planeta Universitário
Estão abertas, até o dia 3 de agosto, as inscrições de trabalhos para o Encontro Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo, que este ano acontece na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, em novembro. Organizado pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), a sétima edição do evento pretende colocar em foco as mudanças pelas quais passa o jornalismo e, consequentemente, a pesquisa em na área, em um mundo globalizado e com a presença das novas tecnologias.
De acordo com Carlos Eduardo Franciscato, presidente da SBPjor, a principal diferença deste evento – que contará com 300 pesquisadores brasileiros e mais três conferencistas internacionais – em relação a outros do gênero é se tratar de um encontro que tem o jornalismo como objeto único, tratado a partir de uma perspectiva plural.
José Luiz Proença, chefe do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA e coordenador local do encontro, concorda, acrescentando que os diferentes locais de origem, bem como o elevado número de participantes, trazem uma grande variedade dentro da temática que norteia o encontro. “Há alguns anos já tínhamos interesse em sediar um encontro como o da SBPJor. O contato com trabalhos de todo o país, e de pólos muito fortes como Santa Catarina, Bahia e Rio de Janeiro, é uma oportunidade para aproximarmos nossas preocupações com a de outras escolas, algumas das quais já tiveram ligação com a ECA, mas que hoje têm vida independente e se tornaram pioneiras em suas linhas de pesquisa.”
Transformações
Para Proença, quando se fala de um mundo em transformação, não há como negar que o campo que mais afeta o jornalismo são as novas tecnologias de comunicação. O jornalismo impresso, por exemplo, está tendo que passar por uma revisão profunda em relação a conteúdos e formatos. Mas o rádio e a televisão também se adaptam, já que ouvintes e telespectadores que antes eram vistos apenas como consumidores passam a ter participação ativa, e quem comunica deve levar em consideração que eles já contam de antemão com uma carga própria de informações.
A globalização também tem lugar central entre as mudanças que influenciam a atividade. E, conforme pontua Franciscato, “entender o jornalismo exige esta relação fecunda entre o contexto nacional e os processos internacionais”.
Mesmo tendo surgido após o evento já ter sido programado, a queda da obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista também não deixará de estar na pauta das discussões, já que deve afetar de maneiras ainda desconhecidas – e, portanto, a serem investigadas – a atividade no país.
Organização
Dois pontos destacam a estrutura do encontro de congressos semelhantes. Em primeiro lugar, a seleção de trabalhos para apresentação é feita por um comitê científico unificado, que divide ele mesmo as pesquisas por subtema – em eventos do gênero, em geral, o participante é quem costuma escolher sua mesa ou núcleo, e há uma comissão julgadora para cada um deles. Segundo Proença, este novo formato enriquece a experiência e a integração, por fazer com que pesquisadores que costumam estar sempre agrupados em outros eventos tenham agora contato com outros especialistas.
Além disso, há duas modalidades de apresentação: as comunicações livres, em que o autor apresenta os resultados de uma pesquisa sua; e as comunicações coordenadas, com apresentação conjunta de até seis trabalhos propostos por um grupo de profissionais de diferentes instituições.
Graduandos também podem enviar trabalhos, desde que em coautoria com graduados. “O objetivo do evento não é ter uma inscrição massiva de trabalhos. O que pretendemos é fazer uma discussão de alto nível e apontar tendências”, explica o professor da ECA.
Pesquisa científica em jornalismo
Para Proença, discussões do gênero do encontro contribuem para uma aceitação, que vem se fortalecendo ao longo dos anos, de que “o jornalismo é um campo independente na comunicação social, com vida própria, e questões diferentes das questões mais amplas das ciências da comunicação”.
Carlos Franciscato afirma que “as novas experiências comunicacionais com as tecnologias vêm reforçando o papel central da atividade jornalística na construção e mediação de informações socialmente relevantes”. E isto se revela no crescimento da apresentação de papers em todos os congressos científicos que admitem o jornalismo como um problema de pesquisa. “Percebe-se um movimento de reconhecimento institucional do campo do jornalismo como um espaço legítimo de produção de conhecimento científico. Há teorias e modelos sólidos que norteiam a pesquisa e que devem ser conhecidos como condição para entender um conjunto amplo de fenômenos comunicacionais”, ressalta.
Serviço
O sétimo Encontro Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo será realizado dos dias 25 a 27 de novembro na ECA (Av. Prof. Dr. Lucio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo). A submissão de trabalhos pode ser feita até o dia 3 de agosto pelo site do evento onde se encontram informações sobre preços (de R$ 45,00 a R$ 290,00, de acordo com formação e data) e orientação para inscrição. Também são aceitas inscrições somente para ouvintes.
Mais informações podem ser obtidas pelo email claudia.lago07@gmail. com Cláudia Lago, e também pelo site http://sbpjor.org.br/evento