Campus Arapiraca desenvolve projeto para captação de água da chuva
O “Projeto Social para Captação de Água e Desenvolvimento de Culturas Agrícolas no Município de Arapiraca”, que visa captar e armazenar águas da chuva para serem aplicadas em tempos de estiagem, na irrigação, é desenvolvido por um grupo de doze alunos e coordenado pelo professor José Gomes Chaves, vice - diretor do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente.
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Avanny Oliveira – estagiária de Jornalismo
Os pesquisadores são do Grupo de pesquisa Agrossocial, alunos de pós-graduação do Centro de Ciências Agrárias, alunos do Instituto de Ciências Atmosféricas e graduandos de Geografia.
Iniciados há um ano, os trabalhos estão em fase de conclusão da primeira etapa. As demais etapas são inclusão de famílias para capacitação e expansão. Os trabalhos são realizados, mediante a captação e armazenamento de água da chuva, que na época da estiagem são aplicadas na irrigação. É realizada uma adubação e preparação orgânica e física. A captação da água é realizada no telhado de uma creche da comunidade. A água é escoada por um tubo e armazenada em um sistema impermeabilizado construído pelos próprios alunos. As sementes que servirão para o plantio também são previamente testadas. A cisterna é construída no próprio solo, com plástico, e coberta por uma telha ondulada.
O projeto é realizado no Bairro de Mangabeiras, comunidade com cerca de mil habitantes na cidade de Arapiraca, agreste de Alagoas. A escolha do bairro se deu logo após o I Simpósio de Manejo de Águas para Irrigação, realizado em julho de 2008, por ter sido classificado como um dos mais carentes da região. “Nosso principal objetivo é construir uma área de desenvolvimento agrícola que possa garantir sustentabilidade a mais de 20 famílias”, comenta o professor José Gomes.
O terreno foi cedido pela Prefeitura Municipal de Arapiraca, que também está arcando com parte dos custos do projeto, por meio de verbas da Secretaria de Agricultura. Outra parte do custeio é feita com verba própria da Universidade. As famílias envolvidas recebem capacitação para saber lidar melhor com o plantio de culturas de couve-flor, couve-brócolis, girassol, rúcula e alface.
O professor conta que alguns projetos já tinham sido desenvolvidos no local por outras instituições, mas não chegaram a ser concluídos, decepcionando a população. “A Ufal conseguiu implantar este projeto, e os líderes da comunidade comemoraram, pois conseguimos cumprir nosso objetivo naquele local”, afirma José Gomes.
Segundo o professor, o mercado local está absorvendo a produção agrícola de forma satisfatória. “Além da geração de renda para a comunidade, a experiência é bastante válida para os estudantes, pois esse tipo de atividade prática contribui para uma formação de qualidade, o que é fundamental”, finaliza ele.