Doações de sangue e de agasalhos marcam Trote Solidário em Arapiraca
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Diana Monteiro – jornalista; e Lívia Santana – estagiária de Jornalismo
Bastante movimentado, o I Trote Solidário mobilizou na última quinta-feira, 20, alunos novatos e veteranos de diversos cursos do Campus Arapiraca. Nesse segundo semestre ingressaram no Campus do interior 280 alunos, totalizando 2.500 alunos nos 16 cursos de graduação distribuídos na sede Arapiraca e nos Polos Penedo, Palmeira dos Índios e Viçosa.
Durante a realização do trote solidário, uma unidade móvel do Hemoal, em parceria com o Hemoar, que é o Hemocentro Regional localizado em Arapiraca, ficou instalada na sede do Campus fazendo a triagem dos doadores que se colocaram à disposição para contribuir com a ação solidária promovida pelo Campus Arapiraca. Entre eles, alunos, docentes, técnicos e funcionários de serviços gerais.
A coordenadora da atividade, Sílvia Helena Cardoso, docente do curso de Química, considerou bastante positiva essa primeira edição do Projeto Trote Solidário e disse que ele se repetirá a cada início de semestre letivo. “Trote com esse foco já existe em algumas universidades e a importância dessa ação é porque também desmitifica o que realmente é a doação de sangue, ao tempo em que integra as pessoas numa ação solidária”, enfatiza.
O trote solidário envolveu os cursos de Química, Educação Física, Enfermagem, Administração de Empresas, Arquitetura e Agronomia, e integrou a programação de recepção aos feras que ingressaram nesse segundo semestre letivo. Tendo como tema “Sou Fera, Doo Sangue e Doo Vida”, o I Trote Solidário do Campus Arapiraca é um projeto já cadastrado nas Pró-reitorias Estudantil e de Extensão.
A coordenadora Sílvia Helena explica que o trote só ocorreu depois de duas semanas após o início das aulas, porque durante esse período foi feito um trabalho de conscientização e mobilização para a participação nessa primeira ação do projeto. “Além de docentes, a equipe contou com a participação de oito alunos, e vale ressaltar que integrou também a ação solidária a doação de agasalhos a serem distribuídos em creches e comunidades carentes de Arapiraca”, diz Sílvia.
Etapas
A assistente social do Hemoal, Cláudia Falcão Bastos, explicou que a unidade móvel do Hemoal tem a capacidade de fazer 100 coletas/dia de sangue, com a doação de 450 a 500 ml de sangue por doador e obedece a várias etapas: o cadastro microhematócrito (exame para verificar o percentual de hemácias); a triagem clínica; e a doação em si. O sangue coletado no Campus Arapiraca irá abastecer o Hemoal em Maceió e o Hemoar.
“O sangue doado é processado para separar os seus três componentes que são plasma, hemácias e plaquetas. Não se utiliza o sangue total doado num paciente. Utiliza-se o componente que o paciente necessita. Portanto, podemos dizer que cada doador salva três vidas”, enfatiza Cláudia.
Cláudia informa ainda que existem centros maiores como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, que a doação salva até quatro vidas, quando se utiliza o criohemofílico, outro componente do sangue que passa por um processo de industrialização. Esse serviço ainda não está disponível em Alagoas é e por isso que o componente é importado pelo Estado.
Cláudia considerou o trote solidário do Campus Arapiraca uma ação bastante positiva, por despertar nas pessoas o quanto é importante a doação, cujo serviço, por falta de esclarecimento, enfrenta dificuldade de doadores. “Registramos de uma forma geral que há mais doadores homens do que mulheres, por causa dos mitos que existem. É preciso esclarecer que ambos os sexos estando dentro do perfil exigido podem ser doadores sem nenhum problema”, diz Claudia Falcão.
A estudante Manoella Carvalho, da primeira turma do curso de Física, na fila para o cadastro, doou sangue pela primeira vez. “O importante de tudo é que eu tenho a consciência que esse meu ato irá contribuir para salvar vidas”, disse Manoella.