Professora Zezé fala sobre 32 anos de docência: "Ensinar é a minha grande paixão"

São 32 anos dedicados à Universidade Federal de Alagoas, encerrando neste mês de agosto sua atuação como docente do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), onde ministrou durante esse período a disciplina Biologia Celular e Molecular.


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Professora Ana Dayse assinando a aposentadoria da professora Zezé
Professora Ana Dayse assinando a aposentadoria da professora Zezé

Diana Monteiro - jornalista

 

A dedicação, a paixão e o compromisso no que faz e fazer só aquilo em que acredita são características muito próprias de Maria José Messias, carinhosamente conhecida como Zezé. E é tudo isso que faz dela uma profissional competente, dinâmica e firme, valores esses agregados ao seu espírito solidário e leal.  Quer seja em cargos administrativos como o do chefe de Gabinete, que ocupa desde  a primeira gestão  da reitora Ana Dayse Dorea, quer seja na docência  que diz não ser só  sua vocação, mas sua grande paixão.

 

São 32 anos dedicados à Universidade Federal de Alagoas, encerrando neste mês de agosto sua atuação como docente do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), onde ministrou durante esse período a disciplina Biologia Celular e Molecular.

 

Emocionada, ela fala de sua trajetória na Universidade onde começou como aluna da primeira turma do curso de graduação de Biologia, concluído em três anos e meio, em 1974, até o seu ingresso como docente, em 1977, aos 21 anos de idade. Ainda na graduação contribuiu para o aprendizado de muitos jovens ao ensinar a disciplina Biologia nos Colégios Moreira e Silva, Sacramento e Batista Alagoano.

 

O então Centro de Ciências Biológicas (CCBi) recebeu Zezé de braços abertos em 3 de agosto de 1977 e foi a primeira e única unidade acadêmica a que pertenceu, onde  tem grandes amigos. “Agradeço a todos a oportunidade de aprendizado iniciado na graduação e a importante contribuição para o meu crescimento também como ser humano”, enfatiza Zezé.

 

Compromisso com o ensinar e o aprender

 

Considero-me uma professora apaixonada. Ocupei alguns cargos administrativos durante todo esse tempo, mas só deixei de lecionar em 2008. São quase 32 anos de sala de aula e agora encerro esse ciclo com a sensação do dever cumprido. Tenho convicção que colaborei com a formação de muitos jovens que hoje são profissionais competentes absorvidos pelo mercado de trabalho, inclusive absorvidos como docentes pela Universidade Federal de Alagoas”, diz ela emocionada.

 

O biólogo de áreas específicas como a de Biologia Celular e Molecular, disciplina que ensinei - acrescenta Zezé - tem que ter uma capacidade fantástica de abstração.“Apresentar ao aluno um mundo microscópico, fazer com que ele junto com você embarque nessa viagem imaginária do invisível e acredite que esse invisível é real e lógico, é simplesmente fantástico”.

 

Zezé diz que não há segredo para essa realização. “O compromisso com o ensinar e com o aprender são fundamentais para a realização pessoal e profissional daquele que abraça qualquer profissão, mesmo diante das dificuldades. E dificuldades, nós do ICBS, enfrentamos muitas, a começar pelas condições físicas do prédio onde futuramente abrigará o Memorial da Ufal. Mas as deficiências foram compensadas pelo compromisso e pela natural solidariedade e amizade entre a comunidade daquela unidade acadêmica.”

 

Perguntada o que mudou no ensino da Biologia de antes para o atual, Zezé diz que o aprofundamento do conhecimento científico a partir da evolução da tecnologia. “Essa nova realidade mais do que nunca tem exigido do professor uma atualização constante, o que é bastante positivo e desafiador. É o encaixe entre o científico e o didático exigindo que o profissional se mantenha atualizado”.

 

Não resta dúvida de que Zezé é uma profissional realizada e as várias homenagens recebidas durante sua atividade profissional comprovam que o compromisso firmado com a Ufal foi compromisso cumprido.