Profissionais de maternidades em Arapiraca são capacitados sobre metódo mãe canguru
- Atualizado em
Diante da proposta da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde em propor ações estratégicas que visam contribuir para transformar e qualificar as práticas de saúde, a Universidade Federal de Alagoas, através do Núcleo de Saúde Pública (Nusp), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca, realizou nos dias 7 e 8 de agosto de 2009 o Curso de Capacitação em Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Mãe Canguru.
Sob a coordenação da Técnica do Nusp, Maria Gicarlia Braz, o curso foi oferecido para 36 profissionais das áreas de Serviço Social, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e Psicologia da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima e Santa Casa Nossa Senhora do Bom Conselho de Arapiraca envolvidos na assistência à saúde da mulher e da criança, objetivando sensibilizá-los a desenvolverem práticas humanizadas numa perspectiva interdisciplinar de saúde integral entre pais-bebês.
Como o Brasil trabalha o método Mãe Canguru
Por Nelson Diniz de Oliveira
A "posição canguru" foi idealizada na Colômbia em 1979 com o objetivo de diminuir a mortalidade neonatal elevada naquele país. A idéia era de que a colocação do recém-nascido contra o peito da mãe, promoveria maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras, permitindo alta precoce, menor taxa de infecção hospitalar e conseqüentemente melhor qualidade da assistência com menor custo para o sistema saúde.
No entanto, quando adequadamente analisado esse procedimento não mostrou a melhoria esperada na sobrevida dessas crianças prematuras, aumentando o risco com esse tipo de cuidado. Mas a atitude de promover um contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu bebê mostrou desenvolver um maior vínculo afetivo e um melhor desenvolvimento da criança.
Desde então,o ato de carregar o recém-nascido prematuro de contra o peito materno ganhou o mundo recebendo adeptos e opositores como é natural em todo o processo de aplicação de novas metodologias, mesmo esta que considerada quanto ao seu componente psico-afetivo traz no seu âmago a prática da humanização do atendimento perinatal, tão enfatizada desde os idos de 1900 pela escola francesa de Pierre Budin.