Psicanalista alerta para os perigos da internet e jogos eletrônicos
O 4º. Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida teve abertura feita pelo vice-reitor Eurico Lôbo e simbolizou com cruzes afixadas num painel as 1.119 mortes registradas no primeiro semestre deste ano.
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Diana Monteiro – Jornalista
O 4º. Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida teve abertura feita pelo vice-reitor Eurico Lôbo e simbolizou com cruzes afixadas num painel as 1.119 mortes registradas no primeiro semestre deste ano. Num primeiro momento a mesa foi composta pela professora Ruth Vasconcelos, pró-reitor Estudantil Pedro Nelson Ribeiro, jornalista Rossana Gaia, o psicanalista Lincoln Villas Boas, e pela aluna pesquisadora do Instituto Federal de Alagoas, Aline Rocha.
O psicanalista Lincoln Villas Boas enfocou os perigos que representam para a sociedade, e principalmente, para a adolescência, os jogos eletrônicos e a internet. “A pessoa passa a querer transpor o virtual para a realidade e os efeitos são devastadores. A regressão ao estado de adolescência passa a ser permanente”, diz o psicanalista.
A adolescência é cada vez mais a maior vítima de todo esse processo e as horas dedicadas ao computador levam ao vício, causando danos psicológicos muito grave, revela o psicanalista.
“Os adolescentes são atualmente a maioria dos pacientes atendidos em consultórios por psicólogos, porque passam a viver em outro mundo que não é o que deveria viver. O vício ao computador prejudica na escola, leva à dificuldade de adaptação escolar e ainda torna a pessoa vítima de terrorismo, que vai desde à agressão física à psicológica”, enfatiza Lincoln Villas Boas.
Mídia e Violência
Dentro da temática “Mídia e Violência: seus efeitos no tecido social”, a professora Ruth Vasconcelos, coordenadora do Programa Ufal em Defesa da Vida, falou na realidade crescente da violência em Alagoas que vitimou no primeiro semestre deste ano, 1119 pessoas.
Criticou a exposição excessiva da violência através dos meios de comunicação, que em programas diários bombardeiam a sociedade com notícias que levam à desvalorização da vida e à banalização da morte.
Os assassinatos, acrescenta Ruth, são mostrados para a sociedade com detalhes desnecessários. "Infelizmente a tragédia humana tem se transformado num produto mercadológico, consumidos por nós mesmos".