Reeducandos do sistema prisional trabalham nos campi Maceió e Arapiraca


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A cada três dias de trabalho é reduzido um dia de pena
A cada três dias de trabalho é reduzido um dia de pena

Diana Monteiro – jornalista

Um convênio assinado entre a Universidade Federal de Alagoas e a Intendência Geral do Sistema Penitenciário vem possibilitando a 45 apenados, em regime aberto e semiaberto, a participação em atividades de jardinagem e capinagem nos Campi de Maceió e Arapiraca.  

O gerente de Serviços Gerais da Superintendência de Infraestrutura da Ufal, Elias Barbosa, informa que até 2010 serão oferecidos cursos de capacitação nas áreas de jardinagem aos participantes do programa de ressocialização. “A qualificação é importante para o futuro deles, pois ao final do cumprimento da pena eles terão uma profissão, havendo assim mais chances de absorção pelo mercado de trabalho”, enfatiza Elias.  

A ação conjunta vem propiciando a apenados recolhidos aos estabelecimentos prisionais de Alagoas condições de trabalho em áreas da universidade, visando o seu ajustamento na atividade produtiva e convivência social. O termo aditivo assinado no mês de julho passado pela reitora Ana Dayse Dorea, não só contemplou o programa com mais 10 vagas, totalizando a participação de 45 apenados, mas teve a vigência ampliada para junho de 2011.

A jornada de trabalho é 8 horas diárias, incluindo uma ajuda de custo para alimentação. “Quando há necessidade de serviços de jardinagem e capinagem no Campus de Arapiraca e nos Polos de Palmeira, Viçosa e Penedo fazemos a redistribuição da equipe. Para cada três dias de trabalho, os apenados ganham  um dia na redução da pena”, explica Elias

O convênio está em plena execução desde 2006, é coordenado pela Divisão de Áreas Verdes e Vias da Gerência e Serviços Gerais da Superintendência de Infraestrutura da Ufal e nesses três anos tem ampliado a participação dos trabalhadores apenados. “Em todo esse tempo nunca foi registrada nenhuma ocorrência envolvendo os participantes do programa e a comunidade universitária e essa ação concreta tem possibilitado à Ufal contribuir com a ressocialização desses homens”, conclui Elias Barbosa.