Campus Arapiraca proporciona intervenção social

Comemorando três anos de inauguração, completados agora em setembro, o Campus Arapiraca representa um avanço na interiorização da Ufal , proporcionando a ampliação do acesso ao ensino superior. “A expansão permite um maior encontro da Ufal com a realidade de Alagoas”, afirma o coordenador do Polo Palmeira, professor Cícero Albuquerque.

Essa inserção da Universidade Federal de Alagoas no interior é considerada uma grande conquista,  não só pelo espaço de debate  e conhecimento que proporciona, mas pelo poder de intervir na transformação  social, política e econômica da Região Agreste do Estado.

“Estamos construindo um processo para que o Estado tenha novos rumos, porque ainda permanece com marcantes desigualdades sociais. A expansão da Ufal significa abertura também para identificação das potencialidades da região para uma melhor qualidade de vida”, acrescenta o coordenador do polo.

Cerca de 300 estudantes estudam no Polo Palmeira que agrega os cursos de Psicologia e Serviço Social, e em 2010 formará os primeiros profissionais.

Coragem e responsabilidade social

Para o pró-reitor de graduação da Ufal, professor Anderson Dantas, o campus Arapiraca foi um empreendimento ousado. “A coragem de implementar um campus em Arapiraca é inquestionável. Mostra a lucidez, a responsabilidade e o comprometimento desta universidade com a sociedade alagoana”, diz o pró-reitor.

O pró-reitor sabe bem o que a interiorização da universidade representa para os alunos do agreste alagoano. Anderson Dantas é de Arapiraca e foi aluno da Ufal no Campus A.C. Simões, em Maceió. “Tive que me deslocar de Arapiraca para fazer um curso superior na capital. Na época foram muitas as dificuldades, se não fosse pelo sistema de bolsas da Ufal, talvez tivesse desistido. Quantos alunos podem evitar tal situação? Quantos não desistiriam dos seus respectivos cursos?”, questiona o pró-reitor

Por isso, o pró-reitor de Graduação considera que a implantação do Campus Arapiraca, com os 16 cursos ali existentes, e profissionais altamente qualificados, com títulos de mestres e doutores,  é uma conquista da população daquela região. “Principalmente quando observamos as primeiras avaliações dos cursos pelo Mec. As pontuações obtidas são satisfatórias para os três primeiros anos”, destaca Anderson Dantas.

 Desafios

Nos próximos dois anos a Prograd e a direção acadêmica do Campus estarão ampliando a oferta de cursos através do Reuni. Seja através dos cursos já existentes seja pela implantação de um curso noturno. “A avaliação dos projetos pedagógicos é uma ação que tem que estar concluída para o ano que vem”, ressalta o Pró-reitor de Graduação.