Grupo de pesquisa realiza trabalhos em municípios alagoanos
O Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem, coordenado pela professora Maria Angélica, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, realiza pesquisas voltadas para a cultura histórica de municípios alagoanos
- Atualizado em
Avanny Oliveira – estagiária de Jornalismo
O Grupo de Pesquisa Estudo da Paisagem, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Fau), realiza estudos voltados ao paisagismo de diversos lugares de Alagoas. Estudos como As trilhas do açúcar: mapeamento dos engenhos das Alagoas; Construção Territorial do Brasil; Divulgação cultural; O Franciscanismo e a Cidade; e O Olhar Holandês e Patrimônio imaterial são feitos pelo grupo.
O grupo existe desde 1998 e conta com a participação de 20 pessoas, entre professores, doutores, mestres, estudantes e bolsistas de 2º grau. A professora Maria Angélica da Silva é a coordenadora do Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem, professora da Fau e do Programa de Pós Graduação em Dinâmicas do Espaço Habitado e pesquisadora PQ/CNPq.
Os Bic-junior (bolsistas de Ensino Médio) têm bolsas de iniciação científica oferecidas pela Fapeal, que possibilitam o aluno participar da pesquisa e despertar a vontade de ingressar no curso superior. As seleções acontecem anualmente e a distribuição das vagas, depende da quantidade de espaços no grupo. “Ano passado, dos seis alunos de Ensino Médio que tínhamos no grupo, quatro passaram no vestibular da Ufal”, entusiasma-se a professora.
O Grupo de Pesquisa Estudo da Paisagem busca objetivar manifestações arquitetônicas, urbanas e paisagísticas no sentido de historiar e analisá-las, a partir de comparações entre espaços e temporalidades. Nas investigações produzidas pelo Grupo, consideram-se os elementos materiais e imateriais da cultura paisagística. As ferramentas de pesquisa prioritárias são a iconografia (origem e formação das imagens), os relatos de época e a observação sensorial e afetiva dos espaços. Buscando contribuir na construção da história territorial do Brasil, investiga o surgimento das primeiras ocupações urbanas no nordeste brasileiro no contexto colonial, a arquitetura franciscana, os engenhos.
“Nossos trabalhos de pesquisa são transformados em produtos visuais”, comenta a pesquisadora. Todos os trabalhos desenvolvidos pelo grupo acabam gerando objetos com imagens. O Grupo atua no campo do design gráfico e da geração de produtos culturais, através do Laboratório de Criação Tabaêtê (nome dado pelos índios, que significa taba grande) que usa como principal ferramenta, a cultura visual.
Érica Aprígio, estudante de Mestrado em Arquitetura e participante do grupo, salienta que a sua participação no grupo é importante para a sua formação. “Esta pesquisa me auxilia em outros tipos de trabalhos de elaboração. Consigo ter uma percepção com o sensível e consigo enxergar o espaço da cidade com um olhar diferente”, finaliza.