Digitais Urbanas: 11 anos de Estudos da Paisagem
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O Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem da Ufal está registrado no CNPq desde 1992. O grupo faz parte da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas e é um dos suportes do Programa de Pós Graduação em Dinâmicas do Espaço Habitado, cuja proposta de mestrado foi reconhecida pela CAPES em 2002. Na semana passada, de 11 a 13 de novembro, o grupo realizou mais uma exposição na Faculdade de Arquitetura, campus Maceió.
O Grupo atua em duas frentes: uma voltada para a pesquisa histórica e outra para a área de Design de Produtos que é representada pela atuação do Laboratório de Criação Taba-êtê.
“Grande parte dos projetos realizados, que consistiram na avaliação de aspectos relativos à construção da paisagem nordestina, só foi possível pelo atendimento a inúmeros editais, através dos quais se conseguiu o apoio financeiro bem como bolsas de estudo, recebidas ao longo destes anos através do CNPq, CAPES e FAPEAL, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas. Na busca em arquivos internacionais, contamos com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa”, explica a bolsista Érica Aprígio.
Os resultados das pesquisas realizadas pelo Grupo têm sido divulgados em eventos nacionais e internacionais como em Portugal, Escócia, Romênia, Japão, Austrália, Espanha, Canadá e Chile.
Além dos trabalhos de pesquisa acadêmica, a intenção do Grupo volta-se também para atividades de documentação patrimonial, contando com um acervo de cerca de 20 mil imagens sobre aspectos do patrimônio material e imaterial da Região Nordeste do Brasil.
O acervo tem o objetivo de subsidiar ações de planejamento, de impulso ao turismo, de preservação do patrimônio material e imaterial. Uma série de projetos estão sendo desenvolvidos, sob a responsabilidade do Laboratório de Criação Taba-êtê, – um desdobramento do Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem – para compartilhar o resultado das pesquisas.
“O nome do Laboratório lembra os povos indígenas que habitaram as terras antes da chegada dos colonizadores e que reuniram seus vocábulos taba-êtê – grande taba - pequenos poemas visuais, para exprimir o acontecimento das vilas e cidades introduzidas pelos portugueses”, conta a aluna pesquisadora.
As questões acerca da preservação e divulgação do patrimônio cultural têm permeado os trabalhos do Grupo, que tem tido a preocupação não apenas em socializar o conhecimento produzido pelas investigações para além do ambiente acadêmico, mas também de construir elos consistentes entre as comunidades e o patrimônio construído por elas, na medida em que se sustentam em bases científicas.
Veja vídeo sobre o grupo.