Educadores lotam auditório em palestra do filósofo Carlos Libâneo
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Jacqueline Freire – repórter
O professor e filósofo José Carlos Libâneo lotou o auditório do Centro de Convenções na noite dessa quarta-feira, 4, na IV Bienal Internacional do Livro. O tema da palestra foi “Escola: educar para o pensar, para o transformar, para o compartilhar”. Segundo o professor, o ponto forte da prática docente tem que ser a aprendizagem do aluno, numa prática que o leve a fazer perguntas e pensar criticamente, fazê-lo aprender a pensar.
“Nossas práticas ensinam muito mais que a ciência, a não ser que a ciência se torne prática. As crianças aprendem não só na sala de aula, mas em todos os espaços. Nossas práticas ensinam para o bem e para o al”, explica o professor. Em quase duas horas de palestra, professores e educadores pareciam não se cansar de ouvir os conselhos e histórias de Libâneo. “Se nós somos pessoas transformadoras da realidade, capazes de agir para mudar as coisas; devemos lutar para colocar nossa vontade em ação, acreditando na educabilidade do ser humano, sabendo que mudanças queremos promover em nossos alunos”, diz.
Para o professor, o trabalho educativo tem como matéria prima o conhecimento, mas não o simples passar de conteúdo, “como se o aluno fosse uma esponja. É formar capacidades intelectuais através do conteúdo, pois o melhor método de ensino é o que faz o aluno pensar”. Segundo Libâneo, nós devemos incentivar o espírito crítico de nossos alunos, estar ligados aos problemas do mundo, integrando nossas disciplinas aos problemas econômicos às desigualdades sociais, trabalhando temas relevantes.
“A última recomendação que deixo esta noite, é que vocês aprendam a motivar seus alunos. Isso por que todos nós funcionamos com motivos, que são as razões que damos a nós mesmos para justificar nossas ações. Os motivos estão nas crianças e em nós, mas nós também somos formadores de motivos”, conclui o professor.
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