Imagens do fandango no Museu Théo Brandão
Lançamento de vídeo documentário e mostra fotográfica acontece nesta terça, 17 de novembro.
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O Museu Théo Brandão exibe o documentário Fandango do Pontal da Barra, realizado sob a direção e produção do jornalista Glécio Rodrigues, nesta terça-feira, 17 de novembro, a partir de 19h, no Museu Théo Brandão. Em formato digital, com 21 minutos de duração, o documentário será exibido no pátio do Museu, onde também haverá a apresentação do Fandango do Pontal da Barra.
O documentário aborda os diversos discursos históricos e analisa a importância do folguedo para comunidade do Pontal da Barra. O vídeo é apresentado por moradores do bairro e mestres do fandango, os quais expõem opiniões diferentes sobre o tema abordado. Os depoimentos foram tomados, tendo como cenário o próprio bairro do Pontal.
Já as imagens fotográficas captadas pelo jornalista mostram uma das apresentações do grupo, realizada no bairro do Pontal e ficam expostas no museu até 2 de dezembro.
Fandango
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o fandango é um espetáculo popular que engloba romance, dança, música, anedotas, ditos, lendas e orações. É uma festa em homenagem aos marujos, que acontece na época natalina. É também conhecido como marujada, barca, chegança dos marujos. O fandango é um auto tradicional desde o início do século XIX, e constitui-se numa convergência de cantigas brasileiras e de xácaras portuguesas (narrativas populares em versos).
O espetáculo desenvolve-se em um tablado, armado em frente à igreja ou em qualquer outro local ao ar livre. O auto é composto pelos personagens: mar e guerra, imediato, médico, piloto, mestre, contramestre, duas alas de marujos e dois palhaços: o Vassoura e o Ração. Os personagens, vestindo fardas de oficiais da Marinha, cantam e dançam ao som de uma orquestra de corda (violino, viola e violão) podendo também aparecer o cavaquinho e o banjo. Há também um cortejo de abertura que canta e recita episódios da vida no mar.
O Fandango do Pontal da Barra é sediado na colônia dos pescadores do bairro. Grupo existente desde 1930, foi resgatado em 2001, depois de passar trinta anos sem atuar, por falta de recursos. Atualmente, o grupo é o único fandango existente no estado.
