Oficinas dão dicas de incentivo à leitura
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Jacqueline Freire – repórter
Os bibliotecários Elias Barbosa, da Ufal e Wilma Nóbrega, da Organização Arnon de Melo, ministraram na tarde desta quarta-feira, 5 de novembro, a oficina “Pesquisa ou Copisa? Que prática é essa?”. A atividade integra a programação do V Encontro Estadual do PROLER e será realizada novamente neste sábado, 7 de novembro, das 15h às 17h, na sala Rubem Alves.
Durante a oficina os participantes aprendem como “driblar” e reconhecer os trabalhos de estudantes que copiam textos diretamente da internet. “A gente pode identificar a cola observando a linguagem do texto, o conteúdo do trabalho e até mesmo olhando em sites de busca, como o Google, ao copiar parte do texto entre aspas e clicando em pesquisar”, explica Elias.
Para ele, os bibliotecários hoje não se veem como gestores responsáveis pela pesquisa na escola, nem procuram auxiliar e/ou orientar professores e alunos nessa atividade. Enquanto isso, os alunos não se sentem motivados na pesquisa, preferindo aulas expositivas, “como se o conhecimento estivesse apenas na cabeça dos professores e na internet. Eles desconhecem as etapas necessárias à atividade de pesquisa, não questionam os professores sobre a construção do projeto de pesquisa e não adéquam o tempo para a realização da mesma”.
Já Wilma Nóbrega disse que a maior responsabilidade dos bibliotecários hoje é fazer com que a classe profissional esteja consciente de seu papel, “pois não dá pra disseminar informação errada”. Segundo ela, o processo de incentivo à leitura deve começar desde cedo, com a prática da “bbteca”. “Devemos incentivar a leitura desde a gravidez. A mãe quando lê histórias enquanto grávida já está incentivando a leitura para o filho”, afirma.
Lendo e formando leitores
Gestores e bibliotecários participaram também durante toda esta quarta-feira, 4, da oficina “Lendo e Formando Leitores”, com Walda Antunes e Wilma Nóbrega.
Segundo a bibliotecária Walda Antunes, os gestores devem conhecer o usuário da biblioteca, de forma a facilitar e ampliar o serviço prestado. “Todos os profissionais envolvidos com a informação devem estar atentos e à frente de suas bibliotecas. É nossa responsabilidade utilizar novos conhecimentos, habilidades, atitudes, estratégias e meios”, explica. Para ela, o espaço da biblioteca deve oferecer atividades e programas instigantes, que incentivem a leitura e atendam às demandas e expectativas do usuário.
“Comunicação é interatividade e compreensão de uma mensagem entre duas ou mais pessoas. A necessidade de comunicação é uma realidade, não podemos deixar isso de fora. A biblioteca existe a partir do uso que eu faço dela, do contrário é apenas uma sala bonita, com computadores; mas sem vida, sem interatividade”, afirma Walda. Ela aproveita a oportunidade para mandar um recado ao público: “vocês gestores de bibliotecas têm a missão de fazer com que os usuários consigam acessar o mundo da informação com propriedade e facilidade”.