Reitora prestigia PSS no Sertão e visita obras do novo campus
Ufal realiza seu primeiro vestibular no Sertão e concretiza a segunda etapa da expansão do ensino superior no Estado
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Luciana Silva – jornalista
Na tarde da segunda-feira, 30 de novembro, a reitora Ana Dayse Dorea, acompanhada da diretora do Campus do Sertão, professora Ediméia Nunes, e do superintendente de infraestrutura da Ufal, professor Flávio Barboza, visitou as escolas onde ocorreram as provas do primeiro vestibular do Campus do Sertão.
Com a realização do vestibular, a Ufal marca o início das atividades da segunda etapa da expansão do ensino superior no interior do Estado, onde leva para a população sertaneja a oportunidade de ingressar no ensino superior. O Campus do Sertão, que já entra em funcionamento a partir de 2010, registrou 1.250 concorrentes para as 560 vagas ofertadas. Serão oito cursos divididos entre as engenharias e as licenciaturas.
“Vivemos um momento histórico, em que a universidade chega ao alto sertão do Estado e trás para o povo sertanejo a oportunidade de ingressar no ensino superior público, gratuito e de qualidade”, comenta a reitora. “É a concretização de um sonho, e ele se materializa neste momento quando realizamos o vestibular e vemos o andamento das obras da nossa sede”, afirma Ana Dayse.
Para a diretora do Campus, a chegada da Ufal gera impactos positivos para a educação, mas também traz uma nova dinâmica social, cultural e econômica para a região. “Surge uma nova realidade e os impactos já são visíveis, existe um forte movimento de geração de emprego e renda, e isso impulsiona o investimento em novos negócios. A Universidade já é um agente transformador e, assim, cumpre seu papel”, afirma Ediméia.
Entusiasmo é uma palavra que traduz este momento entre os estudantes que estavam prestando vestibular. Para Marluce Ribeiro Freitas, candidata a uma vaga do curso de História, que aos 64 anos faz seu primeiro vestibular, essa é a realização de um sonho antigo, adiado pela dificuldade de deslocar-se do interior para a capital para estudar. “Estou tão emocionada que fica difícil expressar o que sinto. É uma maravilha ter a oportunidade de fazer parte desse momento, isso é uma benção em minha vida”. E acrescenta: “Agradeço a Jesus essa benção e a Ana Dayse por ter pensando no povo sertanejo e ter trazido a Ufal pra gente”, concluiu emocionada.
A reitora e a equipe da Ufal ainda estiveram em visita às obras da sede do Campus, onde dezenas de operários trabalham na construção do prédio que deve ser entregue para o início das aulas do ano letivo de 2010. “Ficamos felizes por saber que a mão-de-obra empregada na construção é formada por trabalhadores da região e dos municípios vizinhos”, comentou a reitora, que agradeceu aos trabalhadores e fez questão de reunir todos para um registro fotográfico. “Essa foto é histórica, vocês fazem parte dessa história, que vai trazer o desenvolvimento para o Sertão”, concluiu a reitora.
Vestibular
A Ufal ofertou para o PSS 2010, distribuída entre os três Campi, um total de 4.483 vagas. Este ano, mais de 33 mil candidatos se inscreveram para concorrer às vagas nas áreas de Humanas, Exatas e Saúde.
No Campus Maceió, 19.486 candidatos disputam as 3.503 vagas, distribuídas entre os 45 cursos. O Campus do Sertão registrou 1.250 concorrentes para as 560 vagas ofertadas. Já no Campus Arapiraca, que a partir do próximo ano também terá cursos noturnos, 6.077 candidatos disputam as 770 vagas. Com isso, os Campi no interior participam do PSS 2010 com um total de 7.327 candidatos.
Balanço dos quatros dias de provas
Com o tema voltado para o combate do trabalho escravo no século XXI, a prova de redação encerrou na quarta-feira, 2 de dezembro, os quatro dias de provas do PSS 2010. Este ano, o Processo Seletivo Seriado (PSS) contou com a participação de 101 coordenadores e 3.500 fiscais distribuídos na capital e no interior do Estado, que ajudaram a garantir a tranquilidade do processo.
Durante os quatro dias de prova, 11.037 candidatos não compareceram, o que representa 33,4% de faltosos do total de inscritos. Segundo o coordenador da Copeve, professor José Carlos Almeida, a falta de documentação, atrasos, e casos de doença são os principais motivos das faltas.