Casa de Cultura quer divulgar língua de sinais


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Foi criada no final do ano passado a Casa de Cultura de Expressão Visuo-gestual Miralles, que funcionará no Espaço Cultural, juntamente com as demais Casas de Cultura. A nova Casa de Cultura tem por objetivo a difusão da língua de sinais brasileira e a cultura da comunidade surda para a comunidade em geral e para todos os interessados da universidade.

 

A criação da nova Casa de Cultura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Extensão das Casas de Cultura e pela Faculdade de Letras. Uma iniciativa do professor Daniel Paes de Albuquerque, coordenador dos trabalhos e também professor de alemão, recentemente aprovado em concurso público como professor efetivo de língua de sinais brasileira. “O conhecimento de todos os elementos pertinentes a essa língua são o alicerce cultural das comunidades surdas do país e o instrumento inegável e indispensável para a realização democrática da inclusão social dos surdos”, explica o professor.

O início das matrículas está previsto ainda para este semestre, a depender de um espaço físico apropriado para este novo trabalho de extensão da Ufal, possivelmente, na antiga sala da Copeve, que está de mudança para o novo prédio, já inaugurado no Campus.

A CCEV-Miralles oferecerá cursos de Libras em três níveis: inicial, intermediário e avançado. As turmas terão um número limitado de até 20 alunos.

O aprendizado da língua brasileira de sinais tem sido obrigatório em todas as licenciaturas da Ufal desde aprovação da lei 10.436 de 24 de abril de 2002 e do decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que a regulamenta.

“O propósito principal é preparar o futuro docente para o processo de inclusão social de alunos surdos na rede regular de ensino, rompendo as barreiras da comunicação e desfazendo preconceitos ainda existentes, melhorando o relacionamento entre professor e aluno, no processo ensino-aprendizagem”, explica Daniel Paes.

A Casa de Cultura de Expressão Visuo-gestual Miralles vai desenvolver as seguintes atividades: realizar estudos e estimular a difusão da libras através de cursos periódicos; realizar pesquisas sobre outras línguas de sinais;  difundir a língua de sinais brasileira a todos aqueles que estejam interessados em aprender essa modalidade de língua gestual-visual; organizar e realizar cursos de língua de sinais e promover estudos extensivos, pertinentes aos vários tipos de comunicação utilizados por surdos e surdocegos.

“A CCEV-Miralles, como um trabalho de extensão da Universidade, firma mais um compromisso da Ufal com todos aqueles que farão parte desse processo e com a sociedade em geral, promovendo também um trabalho de conscientização na comunidade em geral sobre os surdos e sua forma peculiar de comunicação”, conclui o coordenador.