Um olhar diferente sobre a realidade
A partir do levantamento feito na cidade de Rui Palmeira, foram escolhidos os temas a serem trabalhados junto à população
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A primeira impressão que os rondonistas que foram para Senador Rui Palmeira tiveram foi a hospitalidade da população. "As pessoas tem uma expectativa muito grande com a nossa presença aqui. Eles mesmos trazem para nós questões para serem discutidas, então queremos estimular a busca de soluções para problemas como prostituição, alcoolismo e consumo de drogas, que são problemas enfrentados pela comunidade daqui", declarou a estudante de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Tatiane da Silva Campos.
Ela conta que passou pela mesma expectativa para participar do Projeto Rondon. "Sempre quis participar. No ano passado me inscrevi, mas o projeto apresentado não passou. Essa é uma oportunidade única de trabalhar com pessoas que vivem uma realidade diferente da nossa, além da oportunidade de exercício da profissão", relatou.
A estudante e a professora Juliana de Oliveira Farias contam que a partir do levantamento feito na cidade, foram escolhido os temas a serem trabalhado junto à população. Logo após 4 chegada a Senador Rui Palmeira, elas visitaram unidades de saiu conversaram com agentes comunitários, mas o que surpreendeu mesmo a professora foi a alimentação.
"Todas as refeições das pessoas, aqui são muito pesadas. Para mim é como se fosse almoço três vezes por dia. Fico surpresa com a quantidade de gordura que é consumido por aqui porque não muitas pessoas obesas", declarou, explicando que no levantamento preliminar foi constatado que a quantidade de pessoas com problemas cardiovasculares no município pode ser considerado baixo.
“É interessante porque lá em Juiz de Fora a incidência desses problemas é muito maior que aqui. Apesar das gorduras, a maioria dos alimentos daqui é natural, lá nos consumimos muitos produtos industrializados", falou.
Já o estudante de Administração da Ufal, Renato Souza, que reside em Arapiraca, trabalhou para estimular a reativação das associações existentes no município. "Existem atualmente apenas oito associações ativas no município e a sociedade perde muito trabalhando de maneira isolada. Para isso, é importante mostrar para eles os benefícios da união. Vai ser preciso quebrar alguns valores para que ele: compreendam a força do associativismo", disse.
Enquanto isso, o estudante que cursa Turismo em Penedo, Marcos Feliph Alves de Almeida, afirma que o município poderia investir mais nas suas belezas naturais e no artesanato para atrair visitantes. "É necessário tentar desenvolver justamente com a criação de associações, e ao mesmo tempo buscar a valorização local. Nem mesmo na feira a gente vê o artesanato da cidade ser vendido", declarou.