Debates sobre marxismo marcam semana de expressão popular


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Palestra do professor Ciro Bezerra
Palestra do professor Ciro Bezerra

Madalena Fernandes – estagiária de Jornalismo

 

Palestras, minicursos e lançamentos de livros da Editora Expressão Popular integraram a Semana Universitária de Expressão Popular do Campus Maceió, de 11 a 14 de maio. Estudantes e professores se reuniram para debater o marxismo na atualidade. O evento ocorreu em cinqüenta universidades do Brasil, neste mesmo período.

 

A Semana Expressão Popular tem como objetivo divulgar a Editora Expressão Popular no meio acadêmico. Trata-se de um catálogo voltado para formação política, que nasceu das lutas sociais e políticas e se fundamenta no marxismo, desde autores clássicos até os contemporâneos.     

 

Com o propósito de colocar em pauta a crítica à sociedade de classes, os mini-cursos apresentaram os temas: Conflitos de terra, Estado e Revolução, A questão de gênero e nos movimentos sociais, Milton Santos e as Transformações Sócio-históricas na Modernidade e o Revolução Mexicana: 1910 a 1017.

 

Já as noites foram destinadas às palestras, os temas foram: Marxismo e Política, Reprodução Social e Alienação, À esquerda na “Nova República”, Perfil da Classe Operária Alagoana na Contemporaneidade e suas Tarefas Políticas, Processos Sociais Rurais e Lutas Coletivas em Alagoas, Reestruturação Produtiva e as Atuais Formas de Controle do Capital sobre o Trabalho.

 

Durante a semana três livros da Editora Expressão Popular foram lançados: “Glosas Críticas” de Karl Marx, Projeto Democrático Socialista do MST: alguns elementos lingüístico-ideológicos, de José Nascimento, e o livro Cana, Casa e Poder, de Cícero Albuquerque.

 

Palestrante incentiva estudantes a se aprofundarem nos estudos

 

O professor Ciro Bezerra, que ministrou o mini-curso sobre Milton Santos, aproveitou para aconselhar os estudantes a se dedicarem mais enquanto estão na universidade. Segundo o professor, o aluno que pretende ser intelectual tem que se sentir incomodado com as questões sociais. “Eu os provoco e tento fazê-los estudar. É preciso que este sentimento de insatisfação com a realidade social os leve a buscar mais conhecimento e novas ferramentas de organização”, esclarece o professor.

 

O palestrante alerta que muitos estudantes têm uma visão imediatista da universidade. “Quando eles entram na universidade,  buscam uma estabilidade financeira precoce e deixam de aproveitar o que a academia, que tem o papel de formá-los, oferece” esclarece. “Temos na universidade muitas oportunidades para os alunos que eles deixam passar”, lamenta Ciro Bezerra.