Museu Théo Brandão reinicia projeto de inclusão e abre a exposição Vertentes
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Jacqueline Batista – jornalista
O Museu Théo Brandão reiniciou na última terça-feira, 11 de maio, o projeto “Todos os sentidos: arte e inclusão”, com a visita da Pestalozzi. O projeto estava parado desde o ano passado, por causa de dificuldades financeiras.
Coordenado e idealizado pela diretora do Museu, Leda Almeida, o projeto foi iniciado em 2008, com o objetivo de possibilitar o acesso de pessoas com deficiência física e/ou psíquica às instalações do Museu Théo Brandão, de modo que possam participar de um circuito museológico, realizado de acordo com as especificidades de cada deficiência. Além das visitas guiadas, os convidados participam de oficinas de pintura, dança e artesanato, como por exemplo, a confecção de chapéus de guerreiro. Na próxima visita que está agendada para a Pestalozzi, haverá uma oficina de dança e teatro, com o artista Arnaldo Ferjú.
Através desse projeto, várias instituições que trabalham com portadores de diversas deficiências já visitaram o Museu, como Adefal, Escola de Cegos Ciro Acioly, Escola Alagoana Família Down, Casas de Saúde Miguel Couto, entre outras.
Apesar de o projeto obter um retorno muito positivo por parte do público-alvo e das instituições que trabalham com portadores de deficiência, o agendamento das visitas teve que parar por causa de dificuldades financeiras, já que antes de cada visitação são comprados os materiais utilizados nas oficinas de arte, além do lanche que é servido ao final das visitas. Com o objetivo de assegurar a continuidade do projeto, a direção do Museu Théo Brandão apresentou o plano de ação às vereadoras Rosinha da Adefal, Tereza Nelma e Thaíse Guedes, que resolveram apoiar o projeto e buscar parceiros entre os empresários, obtendo o apoio da empresa Verdes Mares Distribuidora.
Exposição Vertentes
O Museu Théo Brandão abriu também na última terça-feira, 11, a exposição Vertentes, com pinturas da artista plástica Beta Basto e curadoria de Cecília Barreiros e Chico Simas. A artista, que há sete anos só pintava quadros inspirados no folclore alagoano, começou a pintar figuras humanas nuas. “O nu artístico foi totalmente tirado da imaginação, retratando casais ou a figura feminina de uma forma poética, utilizando folhas e flores misturadas ao nu”, explica Beta.
A exposição é composta por 24 quadros, sendo 12 relacionados ao tema folclore e 12 mostrando figuras humanas nuas. “Eu nunca pintei nada que não fossem figuras humanas”, revela Beta. Dessa vez a artista escolheu caminhos diferentes para retratar suas figuras. “Vertentes são caminhos. Escolhi dois caminhos opostos. Eu me apaixonei pelo folclore, cores e fitas, mas o nu artístico foi a oportunidade de soltar uma criatividade maior”, explicou.
Esta é a segunda vez que Beta Basto realiza uma exposição individual no Museu Théo Brandão. A primeira, intitulada Espelhos e Fitas, aconteceu há três anos. As outras experiências em exposições foram participações em mostras coletivas, em Maceió e Recife.
A exposição ficará aberta ao público até o dia 29 de maio, no horário de funcionamento do Museu, de terça a sexta, das 9h às 17h; e aos sábados, das 14h às 17h. A entrada é gratuita.