Pré-vestibular Comunitário realiza Aula Inaugural
- Atualizado em
Na sexta-feira, 30 de abril, o Projeto Pré-vestibular Comunitário realizou mais uma aula inaugural com a presença de cerca de 500 alunos, além de professores, monitores e gestores da Universidade. Fizeram parte da mesa de abertura o vice-reitor Eurico Lôbo; o pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra; o coordenador de Projetos de Extensão, José Roberto Santos; a coordenadora geral do Programa Conexões de Saberes, Janda Alencar; o professor e coordenador do Projeto Organização e Mobilização Comunitária, professor José Nascimento de França; e o representante do Curso Pré-vestibular do Polo Arapiraca, Professor Alcindo Teles; além da diretora adjunta da Escola Salete de Gusmão, Sonia Acioli, representando os polos do Pré-Vestibular Comunitário em Maceió.
O evento foi iniciado com a apresentação musical de Vanilson Coelho, técnico em Música da Ufal, na flauta; e Edson Walmar, estudante de Música, ao piano. Os músicos encantaram com sua apresentação. Logo depois, o professor José Roberto lembrou como surgiu o Programa Conexões de Saberes: ao participar de uma palestra no Rio de Janeiro com o idealizador do Projeto Observatório de Favelas, desenvolvido no complexo de favelas da Maré, o professor se sentiu motivado e resolveu trazê-lo para a Ufal. “O Estado ganhou muito com o Conexões de Saberes. No final do ano esperamos vocês na Praça Sinimbú para comemorar a aprovação no PSS”, declarou.
A diretora adjunta da Escola Salete de Gusmão falou sobre a importância do Projeto. “Em nossa escola, o vigilante foi aprovado em Zootecnia. É uma honra dizer que ele fez parte desse Programa. A Escola estará aberta para esse e outros projetos da Universidade”, afirmou Sonia Acioli.
A expansão do Projeto Pré-vestibular Comunitário foi além das comunidades já conhecidas. Através dos esforços do professor Nascimento e de seus bolsistas e voluntários do Projeto Organização e Mobilização Comunitária, o Pré-vestibular chegou até as tribos indígenas. “Desenvolvemos o trabalho na tribo Xokó, que está situada às margens do Rio São Francisco, no município de Porto da Folha-SE. Havia uma reivindicação para um preparatório para o vestibular. E, como sabemos, essa terra pertence aos povos indígenas; o povo brasileiro tem esse débito com eles”, explicou. As aulas são a distância, ou seja, gravadas e ministradas na comunidade.
Janda Maria relatou a importância de ver o auditório do Espaço Cultural cheio de pessoas com expectativas de um futuro melhor. “É gratificante ver que, após um dia de trabalho, as pessoas ainda têm forças para irem ao cursinho”, disse. Ainda na oportunidade, a professora agradeceu o apoio de todos os parceiros que permitem que esse trabalho seja realizado. Em seguida, o pró-reitor Eduardo Lyra reafirmou o compromisso que a Universidade tem em diminuir os índices sociais do Estado. “Neste momento, estamos selando um pacto de irmos até o final. Devemos superar as dificuldades e irmos em frente”, disse Eduardo, referindo-se a evasão de alguns alunos do cursinho em anos anteriores.
O evento foi encerrado com sentimento de dever cumprido. Os alunos carregavam esperança no olhar e muita vontade de atingir seus objetivos. As aulas terão início na segunda-feira, 10 de maio, das 19h às 22h, de segunda a sexta-feira, nas comunidades assistidas.