Ridesa libera 13 novas variedades de cana-de-açúcar em Alagoas


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Geraldo Veríssimo, coordenador do PMGCA
Geraldo Veríssimo, coordenador do PMGCA

Rose Ferreira - jornalista

A Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa) libera nesta quarta-feira, 19 de maio, a partir das 14h, 13 novas variedades RB produzidas nas dez universidades federais que formam a rede, e lança o Catálogo Nacional de Variedades RB de Cana-de-açúcar. A realização do evento será no Radisson Hotel Maceió, na Pajuçara.

Das 13 espécies, cinco são de propriedade da Universidade Federal de Alagoas – RB931003, RB931011, RB951541, RB98710 e RB99395. As duas primeiras, mais rústicas, são tolerantes a estresses hídricos, e as três últimas, são precoces e ricas em açúcar, além de possuir elevada produtividade. As variedades foram produzidas através do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA), pertencente ao Centro de Ciências Agrárias (Ceca).

No início da programação, às 14h, pesquisadores de cinco universidades farão uma apresentação técnica de cada uma das variedades desenvolvidas pela instituição. Sendo assim, a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), que produziu duas variedades, trará o prof. Marcos Sanches; a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que desenvolveu três espécimes,  trará o prof. Eroldo Hebert; a Universidade Federal de Viçosa (UFV), com uma variedade, será representada pelo prof. Luiz Cláudio; a Universidade Federal Rural de Pernambuco, com duas variedades, trará o pesquisador Djalma Euzébio Simões; e a Universidade Federal de Alagoas, com suas cinco variedades, será representada pelo professor e coordenador do PMGCA Geraldo Veríssimo.

Às 17h, será lançado o Catálogo Nacional de Variedades RB, onde é possível conhecer cada uma dessas variedades, que são mais produtivas, geram maior lucro para as empresas e representam quantidade superior de açúcar por área; e serão liberadas as 13 novas variedades. “Este é um momento muito especial, porque estaremos levando ao conhecimento do empresariado e da sociedade nossos frutos de anos de pesquisa. A variedade mais nova tem 11 anos de pesquisa; foi um longo período de lapidação para hoje estarmos disponibilizando essas novas variedades ao produtor”, ressalta Geraldo Veríssimo.

Por fim, haverá a cerimônia de posse da nova presidência que estará à frente da Ridesa pelos próximos dois anos: a reitora Ana Dayse Dorea, como presidente, e o reitor da UFV, Luiz Cláudio Costa, como vice-presidente; com a presença do atual presidente e reitor da UFRPE, Valmar Corrêa.

O mesmo evento aconteceu em nível nacional, em Brasília, no dia 25 de março, com a presença de reitores, Ministério de Educação e Cultura, Ministério de Agricultura e Ministério de Ciência e Tecnologia.

Sobre a Ridesa

A Ridesa nasceu do antigo Programa Nacional de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (Planalsucar), programa do governo federal que, em 1990, foi assumido por um grupo de universidades federais. Em 20 anos de história, foram desenvolvidas 59 variedades de cana-de-açúcar, que, somadas às 19 produzidas pelo Planalsucar, hoje correspondem a 58% da área de cana plantada no país. Atualmente, a Rede conta com 246 profissionais de uma equipe multidisciplinar, 89 professores e pesquisadores, 62 técnicos agrícolas, 75 técnicos operacionais e 20 administrativos.

A Universidade Federal de Alagoas tem uma posição privilegiada na Ridesa, por conta do Banco de Germoplasma, criado em 1966 pelo Sindaçúcar/AL e herdado em 1990 pela Ufal. Nesse Banco, localizado na Serra do Ouro, no município de Murici, estão armazenados os recursos genéticos do PMGCA, com 2.600 tipos de cana (dentre espécies e híbridos).