PMGCA capacita agrônomos e técnicos agrícolas do Baixo São Francisco


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Curso atraiu cerca de 120 profissionais
Curso atraiu cerca de 120 profissionais

Rose Ferreira - jornalista

O Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) realizou na última sexta-feira, 4 de junho, das 8h às 18h, o curso compacto de capacitação de recursos humanos para a agroenergia a partir da biomassa da cana-de-açúcar, no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem), para cerca de 120 agrônomos e técnicos agrícolas da região.

O curso foi ministrado por professores e pesquisadores do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e da Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroalcoleiro (Ridesa), além de profissionais das Usinas Paisa e Marituba, promovendo um intercâmbio de conhecimento e fortalecimento das parcerias entre os setores público e privado.

Na oportunidade, especialistas do PMCGA expuseram temas como a hibridação da cana-de-açúcar, manejo das principais variedades, doenças e pragas da cana, dentre outros. Já Rômulo Cota, da Usina Paisa, falou sobre o controle de ervas daninhas, e Rafael Tenório, do Grupo Carlos Lyra, colocou em discussão a motomecanização da cana-de-açúcar. Para encerrar, a professora do Ceca, Vera Dubeux, fez considerações sobre a sustentabilidade da agroenergia e o bioetanol no Brasil.

“O curso em Penedo foi um sucesso. Apesar do feriado no dia anterior, tivemos o auditório lotado e isso mostra o interesse e a importância dos temas que foram debatidos. Foi um momento muito rico de troca de experiências”, ressalta Vera Dubeux.

Projeto de pesquisa

O Projeto “Formação e fixação de recursos humanos para o setor de Biocombustíveis” é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e tem como uma das atividades a realização de cursos, a exemplo do que aconteceu em Penedo. O Projeto existe há dois anos e meio e, desde então, os pesquisadores têm ministrado o curso de capacitação de recursos humanos em várias usinas, trabalhando paralelamente em unidades experimentais para desenvolvimento de variedades RB de cana-de-açúcar.

“O curso normalmente tem carga horária de 52h, mas o compactamos em algumas ocasiões como esta para atender as necessidades do público local, que é formado por profissionais muito ocupados”, explica a profª. Vera Dubeux, coordenadora do Projeto.

Ainda de acordo com Vera Dubeux, o momento agora é de reflexão e avaliação do curso, após terem atualizado e reciclado o conhecimento de profissionais de quase todos os municípios que trabalham com cana-de-açúcar no Estado. “Vamos analisar quais as novas necessidades, repensar a metodologia do Projeto e reiniciar o curso em 2011”, finaliza.