Regulamentação da profissão de historiador traz boas perspectivas para o curso


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Coordenadora do curso de História, Ana Cláudia Aymoré, ressalta as mudanças do curso
Coordenadora do curso de História, Ana Cláudia Aymoré, ressalta as mudanças do curso

 Julianne Leão – estudante de Jornalismo

 

O Curso de História, que integra o Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca), está passando por reformulações e mudanças de perfil e na Universidade. Junto a isso, a contratação de novos professores melhorou a qualidade do quadro docente, que hoje conta com 18 professores, dos quais 11 são doutores.

 

Além do aumento do número de docentes, os grupos de pesquisas atuantes também ganham destaque. Atualmente, o curso conta com o grupo de estudos "Vieirianos", orientado pela professora Ana Cláudia Aymoré; o Geac, grupo de estudos englobando o tema  “Alagoas Colonial”, com a coordenação do professor Filipe Caetano; e o grupo sobre "História Social e Poder", coordenado pelo professor Alberto Saldanha. Além disso, o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab), coordenado pela professora Clara Suassuna, atua com estudos, pesquisa e ação comunitária na temática negra, em prol das populações afrodescendentes.

 

Apesar de algumas melhorias necessárias em relação à infraestrutura, os docentes se empenham para garantir a qualidade de ensino. “O curso já elaborou um diagnóstico dos problemas existentes, que foi encaminhado ao diretor da unidade, visando reduzir os problemas”, esclarece a coordenadora do curso, Ana Cláudia Aymoré. Segundo o vice-coordenador, Filipe Caetano, todos tentam ao máximo aproveitar o espaço disponível para a efetivação de eventos, pesquisas e atividades de extensão.

 

Promovendo habilitações para Licenciatura e Bacharelado, o curso de História possui uma demanda grande e contínua,  por parte dos estudantes: existe uma absorção significativa no mercado de trabalho para o magistério, no ensino fundamental e médio. Com relação ao Bacharelado, ocorre um esvaziamento por parte dos alunos, porque até pouco tempo atrás não havia uma grande procura por historiadores e pesquisadores no Estado.

 

Com a recente regulamentação da profissão de historiador, o profissional ganhou reconhecimento e novos direitos foram atribuídos a ele. “A procura dos alunos pela habilitação de Bacharelado em História deve aumentar, por causa dessa regularização”, comenta o professor Filipe. Segundo ele, a mudança traz boas perspectivas para esse estudante que, a partir de agora, somente diplomado, poderá executar a função de planejamento, organização, e implantação de serviços de pesquisa histórica, assim como a seleção de documentos para fins de preservação, etc.

 

“A modernização do curso traz boas probabilidades para o estudante de História, interessado em uma formação voltada à pesquisa, pós-graduação e extensão na graduação”, complementa a professora Ana Cláudia Aymoré.

 

Projetos de Pós-Graduação e eventos

 

Atualmente, estão sendo finalizados no curso de História processos de pós-graduação lato sensu, voltados para a História Social do Poder, com previsão de início para março de 2011 e, segundo o vice-coordenador do curso, Filipe Caetano, já vislumbra uma provável possibilidade de mestrado.

 

Além do empenho em especializações dentro do curso, a unidade acadêmica realiza eventos próprios para a discussão de temas ligados à área e programações que estimulam os estudantes a aprimorarem seus conhecimentos. O II Encontro Regional de História acontecerá em outubro, mesmo período do Congresso Acadêmico. Em maio de 2011, o curso se prepara para a realização do I Congresso Nacional de História.

 

Curso lança publicação

 

Na quarta-feira, 16 de junho, o curso de História lançou a revista: “Crítica Histórica”. O evento contou com uma palestra de lançamento, comandada por Ana Luíza Porto, Oswaldo Marciel e Filipe Caetano, professores do curso.

 

A princípio, a revista será disponibilizada de forma eletrônica e traz uma edição especial sobre História e Educação em Alagoas. A publicação é do curso, com ligações institucionais ao Centro de Pesquisa e Documentação Histórica (CPDHis). A publicação pode ser acessada através do link.