Dois universitários percorreram 84 km de bicicleta no “Dia Mundial Sem Carro”
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Por Deisy Nascimento – Colaboradora e estudante de jornalismo da Ufal
Nesta quarta-feira (22), dois estudantes do curso de Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Alagoas (Ifal), resolveram aderir e entrar no clima do “Dia Mundial Sem Carro”. Eles foram de bicicleta para a faculdade que fica situada em outra cidade, Marechal Deodoro.
A iniciativa de enfrentar um caminho de 42 km de ida mais 42 km de volta, partiu da necessidade de diminuir o fluxo de veículos, minimizando as emissões de gases ao meio ambiente, como também é bom para a saúde daqueles que praticam essa atividade regularmente.
Com as facilidades existentes hoje em dia para a aquisição de veículos, fica fácil encontrar engarrafamento nas avenidas, ruas e estradas. No entanto, não há melhoria para as pessoas que fazem uso de um meio de transporte alternativo, a bicicleta.
Segundo o estudante Adams Lopes, é necessário que sejam feitas ciclovias na Avenida Fernandes Lima e Via Expressa como maneira alternativa para os que fazem uso das bicicletas. “Só temos ciclovia na orla por turismo e lazer e a população da parte alta da cidade, desce de carro para poder andar de bicicleta ou caminhar. Já o número de ciclistas que se arriscam para ir trabalhar é enorme e não vemos político algum mencionar melhorias nesse setor”, afirma Lopes.
Adams se queixa também da falta de campanha em prol da utilização de outros meios de transportes que não sejam os carros. Mas, afirma que para isso seria importante investimento e melhorias nos acostamentos e nas poucas ciclovias já existentes. “Como estudante e cidadão, percebo que não há iniciativa nenhuma a respeito de campanhas que mostrem os benefícios de ir andando ou pedalando para o trabalho, principalmente em um dia como esse”, pontua o estudante.
Para Adalberto Souza, estudante do Ifal, muitas pessoas utilizam o carro para pequenos percursos e, se houvessem ciclovias, melhor estrutura e segurança, seria um estimulo para que a população deixasse o carro guardado em sua garagem. Ele confessa que outros alunos gostariam de ter participado dessa pedalada, mas desistiram por medo de se arriscar diante do perigo e das condições da rodovia. “Se tivéssemos melhores condições e acesso para as bicicletas, teríamos um maior número de alunos apoiando essa idéia, finaliza Souza.
Observa-se a precariedade nos acostamentos e nas poucas ciclovias que existem em Maceió é grande. É preciso que o Governo Estadual e Municipal se mobilizem a fim de oferecer meios alternativos à população que precisa se deslocar para o trabalho, escola, universidade ou simplesmente queira desfrutar do lazer.
O movimento que já conquistou adeptos de diversas cidades em vários países foi instituído na França na década de 90, com objetivo de conscientizar e incentivar a diminuição do uso de automóveis para reduzir as emissões de gás carbônico.