Programa de Controle do Tabagismo supera expectativa de inscrições
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Tamara Albuquerque/Ascom HU
O Programa de Controle do Tabagismo do Hospital Universitário antecipou o fim do prazo para o cadastramento de pessoas com interesse em largar o vício do tabaco. Pelo calendário programado inicialmente, o cadastro se estenderia até o final desta primeira quinzena de setembro, mas o número de inscritos ultrapassou as expectativas e todas as vagas, num total de 60, foram preenchidas.
O Programa do HU, que funciona há três anos, é considerado pelo Ministério da Saúde a referência desse tipo de serviço em Alagoas e uma importante iniciativa para redução da aceitação do tabaco e prevenção ao câncer. Os novos participantes vão começar suas atividades no Programa em outubro, quando acontece a primeira grande reunião com participação de toda a equipe. Nesse encontro, com data ainda não definida, os fumantes conhecerão a metodologia empregada para vencer o vício do cigarro e a dependência da nicotina e outras drogas presentes no produto.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um quinto da população do planeta é viciada em cigarro, produto que contém mais de 4.700 substâncias danosas ao organismo e ao meio ambiente. Em anos anteriores, o excedente de pessoas cadastradas conseguia a reserva de vaga para o próximo grupo de trabalho. O Programa é realizado por etapas e a cada semestre são abertas inscrições para novos participantes.
Eles frequentam reuniões semanais, quinzenais e mensais onde os profissionais utilizam uma abordagem cognitivo-comportamental, ou seja, um trabalho orientador para que o fumante consiga mudar ou adotar comportamentos e hábitos que facilitem largar a dependência.
Nesses encontros são repassadas informações diversas sobre o tabaco e os danos que ele provoca nas áreas social, econômica e para o meio ambiente, numa tentativa de conscientizar as pessoas para os riscos, as sequelas e a morbidade do vício. Se as ações não surtirem efeitos para a cessação do tabagismo, o paciente é avaliado e passa a receber o tratamento medicamentoso, como determina o ministério da saúde. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente.
O tabagismo é um fator de risco para mais de 50 doenças e é responsável pelo registro de cinco milhões de mortes que acontecem anualmente no mundo, sendo 200 mil no Brasil. A OMS considera o tabagismo como a segunda maior causa de mortes de fumantes ativos e a terceira de fumantes passivos.