Atividades no NDI são retomadas depois de surto de catapora
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Lenilda Luna - jornalista
As aulas no Núcleo de Desenvolvimento Infantil da Ufal foram retomadas nesta segunda-feira, 18, depois de uma semana de suspensão das atividades, mas a direção pede que as crianças com sintomas de catapora não sejam levadas à escola, para evitar um novo ciclo de contágio.
As aulas estiveram suspensas de 11 a 15 de outubro, por causa de um surto da doença. Segundo a diretora do NDI, Pajuçara Marroquim, primeira criança que apresentou catapora faltou às aulas no final de setembro, mas retornou para a escola sem comunicar que havia sido infectada pelo virús, ainda durante o período de contágio. Oito crianças da mesma sala tiveram catapora, no início de outubro.
Com as atividades da Semana da Criança, que foi realizada de 4 a 8 de outubro, outras crianças tiveram contato com o vírus. “Durante toda a semana tivemos muitas brincadeiras, teatro, recreações, passeios, isso fez com que as crianças de todas as salas tivessem contato e alguns casos de catapora surgiram nas turmas dos meninos maiores, foi por isso que decidimos suspender as aulas”, explicou Pajuçara Marroquim.
A vacina contra a catapora não é oferecida gratuitamente nos postos de saúde, mas, para as 122 crianças do NDI, as doses estão sendo aplicadas no Centro de Referência de Imunobiológicas Especiais do Hospital Universitário, o Crie. O NDI enviou uma listagem com os nomes e os pais assinam comprovando que o aluno tomou a vacina.
Nas clínicas particulares, a vacina custa entre 115 a 130 reais, só que está em falta. A previsão é que novos lotes cheguem no início de novembro. A catapora não é considerada uma doença grave, mas em algumas pacientes, o vírus pode provocar uma infecção mais forte, causando seqüelas, por isso, o infectologista Celso Tavares recomenda que os pais apliquem a vacina. “Alguns pais, mesmo com condições para pagar, reclamam do preço da vacina, mas é preciso entender que enquanto ela não entra no calendário das vacinas oferecidas pelo SUS, este é um investimento importante na saúde da criança”, pondera o médico.
Celso Tavares explica ainda que em cada 100 mil pessoas acometidas dessa doença, duas morrem. “Levando em consideração o preço elevado da vacina, como as complicações maiores não são muito comuns, o Governo ainda não disponibiliza a imunização gratuitamente, mas se é possível evitar, os pais devem fazê-lo, porque nunca se sabe como um quadro infeccioso vai evoluir em determinados pacientes. O que para uns é um incomodo, para outros pode deixar seqüelas profundas e até levar à morte”, reforça o infectologista.
Veja matéria da TV Pajuçara sobre o assunto