Ciências Sociais homenageia memória do jornalista fundador da “Voz da Unidade”

Quem viveu o período final da ditadura militar e a abertura política, lembra a importância de  “A Voz da Unidade”. O jornal surgiu em São Paulo, em março de 1980, como órgão de divulgação oficial do Partido Comunista Brasileiro. Defendeu as idéias democráticas veiculadas pelos militantes comunistas em todo o país, mas era lido também por militantes de outros partidos de esquerda e simpatizantes do socialismo. Um dos fundadores deste jornal foi o alagoano Gildo Marçal Brandão.

Gildo desenvolveu atividades culturais em Alagoas, promovendo sessões de arte, nas décadas de 60 e 70 do século passado,  no extinto cinema São Luiz. Depois, o jornalista foi para o sudeste do país, onde trabalhou na Folha de São Paulo de 1975 a 1980 e em seguida fundou A Voz da Unidade. Nos últimos anos, o atuante comunista e jornalista era professor da USP, mas faleceu em março deste ano, um mês antes de se tornar professor titular da Universidade.

A homenagem

A homenagem à memória de Gildo Marçal Brandão será feita pelo Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) e de Ciências Sociais (ICS) nesta sexta-feira, 22, às 14h, na sala 102, auditório do Ichca.

Será promovido um debate, que integra a programação do congresso Acadêmico, com o tema “Gildo Brandão e a intelectualidade alagoana”, com a participação da professora Luitigarde Cavalcanti, do professor Radjalma Cavancalte e do jornalista Imanuel Caldas, e a coordenação do diretor do Ichca, Enildo Guedes.