Oswaldo Montenegro fala de arte no Congresso Acadêmico

Avanny Oliveira – estudante de jornalismo

Dentro da programação do Congresso Acadêmico, o cantor, compositor e autor de peças teatrais, Oswaldo Montenegro, debateu o tema: “Da música ao cinema”, com estudantes da área e interessados no assunto. O evento é parte de atividade conjunta da Universidade e a Mostra Cine Brasil – SESI.

O trailler do filme “Léo e Bia”, musical recentemente lançado em circuito nacional, que chega em Maceió na próxima semana, foi apresentado aos espectadores e  posteriormente debatido a experiência de construção do filme. A película já venceu dois prêmios: de trilha sonora, composta por Oswaldo Montenegro, e de melhor atriz, para Paloma Duarte, conquistados no Cine PE 2010.

“Sempre fui influenciado pela música, e construir esse meu primeiro musical foi uma experiência muito interessante”, conta Montenegro. Segundo ele o filme retrata uma história de amor em tempos de ditadura.

“Recentemente divulguei na internet um CD de músicas exclusivas e que somente poderia ser adquirido pelo site. Anteriormente também lancei um CD com produções encontradas somente em lojas do ramo. Diferentemente do material lançado pela gravadora, as canções vendidas através da internet tiveram uma procura considerável”, explica ele avaliando a difusão por meio da rede, uma forma alternativa para artistas que não encontram espaço no mercado cultural, mas querem difundir sua arte.

De acordo com Montenegro, os filmes produzidos na época da Ditadura Militar tinham maior propagação pelo contexto da época. “Nos dias de hoje há grande dificuldade de produzir trabalhos de cunho artístico, mas não é tão difícil produzir arte. Filmes e músicas podem sim ter grande aceitação pelo público, divulgá-los pela internet é um bom começo”, finaliza.

Oswaldo Montenegro

Com 25 anos de carreira, Oswaldo Montenegro possui mais de 300 músicas gravadas, 3 CDs de ouro e um de platina, diversas trilhas musicais para teatro, cinema e televisão. É autor de muitos roteiros e trilhas para Balé, autor de peças musicais com recordes em bilheteria como A Dança dos Signos - em cartaz desde 1983; e também é autor do livro Infantil “O vale encantado”.