Papel social dos arquivistas é reconhecido e comemorado na Universidade


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A Ufal possui um fluxo intenso de produção documental: o papel dos arquivistas é essencial para a organização correta desses documentos
A Ufal possui um fluxo intenso de produção documental: o papel dos arquivistas é essencial para a organização correta desses documentos

Julianne Leão  - estudante de Jornalismo

Comemora-se, no dia 20 de outubro, o Dia do Arquivista.  Categoria de profissionais graduados por curso superior de Arquivologia e que exercem atividades fundamentais para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural do Brasil, os arquivistas são verdadeiros guardiões de um acervo de grande valor.

Um arquivista organiza documentos, prepara catálogos, índices, cópias em microfilmes, redige resumos descritivos do conteúdo dos documentos arquivados, atende aos pesquisadores, orientando-os sobre a correta utilização dos documentos, e encarrega-se da restauração do material que se encontra deteriorado, utilizando técnicas, materiais e conhecimentos específicos, para devolver-lhes as condições originais.

Em novembro de 2007, foi instalado o Arquivo Central da Ufal, subordinado a Superintendência de Infraestrutura(Sinfra), em um espaço físico construído especificamente para este fim. Contudo, a documentação transferida era armazenada numa sala do subsolo da Biblioteca Central, funcionando apenas como um depósito de documentos, uma vez que a documentação ali existente não recebia nenhum tratamento técnico, e as pessoas que ali trabalhavam não tinham nenhuma formação na área de Arquivologia.

No entanto, com o concurso de 2004, foi contratada uma arquivista de nível superior. No último concurso, de 2009, foram contratados mais um arquivista para o Campus de Delmiro Gouveia e cinco Técnicos de Arquivo para o Campus A. C. Simões, na cidade de Maceió. “Isso responde às necessidades da Instituição”, diz a arquivista Maristher Moura Vasconcellos, chefe geral do Arquivo Central da Universidade.

No momento, a Equipe Técnica do Arquivo Central, juntamente com o técnico do SIE, está trabalhando na construção da formação de uma Comissão Permanente de Avaliação para a elaboração da Tabela de Temporalidade Documental, que será o ponto de partida para a instalação de um Sistema de Arquivos da Universidade Federal de Alagoas- Siarq/Ufal.

Em agosto de 2010, toda a equipe técnica de arquivologia da Ufal, participou do 1º Arquifes/Nordeste, em que se reuniram todos os profissionais da área, de Instituições de Ensino Superior Federal do Nordeste, na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Houve uma concorrência na plenária para a realização do 2º Arquifes/NE, em 2012. A Universidade Federal de Alagoas saiu vitoriosa na plenária para realizar o referido evento.

Mercado de trabalho

Apesar de ainda ser pequeno, o mercado de trabalho para arquivistas é promissor, principalmente nas grandes cidades e o número de formandos que ingressam anualmente no mercado vem crescendo. Nos últimos tempos tem sido comum a terceirização do serviço de Arquivistas: as empresas contratam profissionais por um período determinado para avaliação e organização de seus acervos e, posteriormente, firmam contratos para manutenção dos mesmos. “É grande o potencial para crescimento do mercado já que toda instituição produz e recebe informações registradas sob os mais variados suportes, as quais farão parte do acervo de seus arquivos. A presença atuante de um arquivista é necessária para a não formação de massas documentais acumuladas, sem tratamento e de difícil recuperação da informação”, completa Maristher Moura.

Para desempenhar a profissão de Arquivista é necessário curso superior em Arquivologia Bacharelado, que tem duração de quatro anos. Conhecimento de informática e inglês é fundamental e conhecimento de outras línguas também é muito valorizado.