Passado Colonial de Alagoas é resgatado por estudantes de História


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Acervo documental está bastante deteriorado pelo tempo
Acervo documental está bastante deteriorado pelo tempo

William Correia – estudante de Jornalismo

O passado colonial alagoano vem recebendo grande atenção de um grupo de pesquisas do curso de História da Ufal: é o Geac (Grupo de Estudos Alagoas Colonial), que vem trabalhando na preservação do acervo histórico do Estado. Alunos do Pibic, Pibip e colaboradores, coordenados pelo professor Antonio Filipe Pereira Caetano, transcrevem documentos que datam dos séculos XVII e XVIII com a intenção de disponibilizá-los ao público em portal na internet.

As pesquisas são realizadas em diferentes localidades, mas o grupo encontra suas bases na cidade de Penedo, principalmente na Casa do Penedo, instituição considerada uma das principais fontes de guarda documental do Estado, por causa de sua localização.

No mês de setembro, o Geac apresentou trabalho na cidade de Recife, no III Encontro Internacional de História Colonial, e foi descoberto, no Arquivo Público Estadual de Pernambuco, grande acervo documental sobre o Estado de Alagoas, com período entre o fim do século XVIII e o início do século XIX. “Os conjuntos documentais remetem a ofícios, orientações para Câmara, correspondências, provisões para capitania, assuntos eclesiásticos, conflitos religiosos, enfim, uma variabilidade de temáticas que descortinam o passado local”, afirma o professor Filipe Caetano.

Entretanto, ele destaca, estes jovens pesquisadores precisam “driblar” obstáculos que encontram pelo caminho, pois, problemas físicos ou relacionados ao apoio à pesquisa sempre aparecem e podem impedir o andamento dos trabalhos. “Com uma documentação mal acondicionada, desgastada e repleta de problemas, o acervo do passado alagoano tende a se perder caso iniciativas que envolvam universidades, instituições e iniciativa privada não sejam acionadas”, desabafa.

Existe também um grupo que trabalha com o intuito de estimular a estas instituições a apoiarem a atividade. O Centro de Pesquisa e Documentação Histórica (CPHIS), também do curso de História da Ufal, visa preservar, recuperar e catalogar estes documentos e ampliar a acessibilidade a essa documentação.

Para acompanhar as atividades do grupo, acesse o site