Pinacoteca relembra carreira de Eva Cavalcante
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Uma retrospectiva da carreira da artista plástica Eva Cavalcante é o tema da próxima exposição em cartaz na Pinacoteca Universitária. “Um Certo Olhar Cavalcante” terá sua inauguração na quinta-feira, 4 de novembro, na Pinacoteca,localizada no primeiro andar do Espaço Cultural, na Praça Sinimbu.
A Exposição de Eva Cavalcante, “Um Certo Olhar Cavalcante”, mostra seu percurso artístico desenvolvido durante trinta anos. A exposição está dividida em espaços compartimentados, que acompanham o processo criativo do seu trabalho: objetos, recortes, fotografias e pinturas.
Segundo a curadora da exposição, professora Raquel Movschowitz (UFRJ), “a exposição da artista, uma retrospectiva do seu trabalho iniciado no Rio de Janeiro, nos fala de coisas que todos nós já conhecemos. Uma caixa é uma caixa, cor de rosa é cor de rosa. E Eva nos apresenta os objetos e as cores dentro da sofisticação simples do seu olhar, expondo claramente a sua forte motivação por se expressar, e a firme preocupação de elevar ao mais alto sentido estético aquilo que, para o nosso olhar, se mostrou unicamente como uma caixa é uma caixa, cor de rosa é cor de rosa. Podemos acompanhar sua trajetória artística e apontar a passagem do gesto espontâneo para o gesto necessário, o qual, sem perder a sinceridade, evolui da motivação vivida, sentida, para a motivação refletida, apurada”.
Sobre a exposição
A exposição da artista, uma retrospectiva do seu trabalho iniciado no Rio de Janeiro, nos fala de coisas que todos nós já conhecemos. Uma caixa é uma caixa, cor de rosa é cor de rosa. E Eva nos apresenta os objetos e as cores dentro da sofisticação simples do seu olhar, expondo claramente a sua forte motivação por se expressar e a firme preocupação de elevar ao mais alto sentido estético aquilo que, para o nosso olhar, se mostrou unicamente como uma caixa é uma caixa, cor de rosa é cor de rosa. Podemos acompanhar sua trajetória artística e apontar a passagem do gesto espontâneo para o gesto necessário, o qual, sem perder a sinceridade, evolui da motivação vivida, sentida, para a motivação refletida, apurada. A madeira já não é mais madeira, mas seus filamentos, sua textura, é um pedaço de madeira que evidencia esteticamente outro e outro pedaço de madeira. O rosa deixa de ser cor e inflama-se como o Céu ou o Sol, como a Lua ou o Inverno, até mesmo como Pingos ou Estrelas.
Esse desnudar da matéria é que caracteriza o senso estético dos seus trabalhos. A caixa não é mais caixa, é madeira, é um pedaço da natureza que só o seu olho vê. O objeto aqui não é limitado, mas libertador, apontando para as inúmeras possibilidades da sua exposição. Essa transformação da matéria em arte passa ao largo do conceito, por si só universal, mas não cai no subjetivo, pessoal. A obra de arte aqui é autoral, expressando, com delicadeza, o olhar de Eva Cavalcante.