Arquitetos da Onu e do Iphan fazem palestra sobre Patrimônio e Cultura
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Uma oficina, que será realizada nesta sexta-feira, 19 de novembro, a partir das 14 h, no auditório do Espaço Cultural, vai refletir sobre “ Territórios Vividos como Patrimônio Material e Imaterial”, com um debate sobre os significados dos Territórios de Referencia dos Pontos de Cultura, localizados em áreas urbanas e rurais, do ponto de vista do direito à cidade e aos lugares de vida: sagrados e de trabalho.
A abertura será feita por Ana Lúcia Ferraz de Menezes, articuladora do Prêmio Tuxaua: Construindo uma Cartografia dos Pontos de Cultura de Alagoas; e Regina Dulce Barbosa Lins, coordenadora do Núcleo de Estudos do Estatuto da Cidade – NEST/FAU/UFAL.
Haverá palestras de Raquel Rolnik, arquiteta e urbanista, relatora especial para o Direito à Moradia Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU; Luiz Fernando de Almeida, arquiteto e urbanista, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Também haverá a apresentação do vídeo: “O lixão sai, a gente fica”, produzido pelo Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu, com financimento do Fundo Nacional do Meio Ambiente.
Segundo a definição dos organizadores, “a construção da Cartografia dos Pontos de Cultura é uma forma de responder aos desafios colocados pelo trabalho de mobilização social e ação cultural em contextos de desigualdade e exclusão social, por meio do amadurecimento de propostas educativo-culturais”
Um segundo momento de debates será realizado nos dias 14 e 15 de dezembro, com a realização da oficina de construção da Cartografia Social dos Pontos de Cultura Alagoanos, com a participação dos professores do departamento de Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, Renato Athias, filosofo e etnólogo, e Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza, antropóloga e socióloga.
O que é Ponto de Cultura ( fonte: site do Ministério da Cultura)
São entidades reconhecidas e apoiadas financeira e institucionalmente pelo Ministro da Cultura que desenvolvem ações de impacto sócio-cultural em suas comunidades. Somam, em abril de 2010, 2,5 mil em 1122 cidades brasileiras, atuando em redes sociais, estéticas e políticas.
O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e comunidade.
Pode ser instalado em uma casa, ou em um grande centro cultural. A partir desse Ponto, desencadeia-se um processo orgânico agregando novos agentes e parceiros e identificando novos pontos de apoio: a escola mais próxima, o salão da igreja, a sede da sociedade amigos do bairro, ou mesmo a garagem de algum voluntário.
Quando firmado o convênio com o MinC, o Ponto de Cultura recebe a quantia de R$ 185 mil, em cinco parcelas semestrais, para investir conforme projeto apresentado. Parte do incentivo recebido na primeira parcela, no valor mínimo de R$ 20 mil, para aquisição de equipamento multimídia em software livre (os programas serão oferecidos pela coordenação), composto por microcomputador, mini-estúdio para gravar CD, câmera digital, ilha de edição e o que mais for importante para o Ponto de Cultura.