Espaço na web para reclamação de estudante está disponível até o dia 16
Presidente do Inep não descartou realização de novo exame a prejudicados. Apesar de problemas, Joaquim Soares Neto considerou exame 'um sucesso'. Soares Neto disse também que o órgão abriu nesta quarta-feira (10) uma página na internet para reclamações de estudantes que se sentiram prejudicados com os erros no caderno de respostas do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O espaço funcionará até o dia 16.
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Fonte: G1
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação, Joaquim José Soares Neto, informou no domingo (7) que não descarta a realização de uma nova prova para os alunos que se sentiram prejudicados com erros nos cadernos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último final de semana. "No limite, pode acontecer. Não posso descartar", afirmou.
Segundo Soares Neto, os problemas serão analisados individualmente. “Estamos levantando a dimensão do problema para resolver caso a caso.”
Mais tarde, o Ministério da Educação divulgou nota no site oficial reafirmando que os alunos prejudicados "poderão ter nova chance". De acordo com o texto, o Inep vai receber os relatórios de aplicação das provas nos próximos dias. "Ficando comprovado que o direito dos estudantes foi prejudicado, [o Inep] estudará uma forma de reaplicar a prova", informou o MEC.
Soares Neto disse também que o órgão vai abrir nesta quarta-feira (10) uma página na internet para reclamações de estudantes que se sentiram prejudicados com os erros no caderno de respostas do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O espaço funcionará até o dia 16.
A aplicação do Enem ocorreu no sábado (6) e no domingo (7). No sábado, os estudantes reclamaram da troca dos nomes das áreas na folha de respostas e também de questões repetidas e com numeração errada na prova amarela. No mesmo dia, Soares Neto afirmou que nenhum estudante seria prejudicado e que a correção poderia ser feita de forma invertida.
Apesar de ainda não ter um levantamento de quantas pessoas tiveram problema com o exame, a estimativa é de cerca de um 1% das provas amarelas, cerca de 20 mil cadernos, estavam com erros de impressão. A maior parte dos cadernos – 90%, segundo o Inep – teria sido trocada.
Soares Neto afirmou que o Inep mantém uma reserva de 10% do total de provas por local de aplicação do exame e ainda conta com os cadernos de quem faltou para serem usados em caso de necessidade. De acordo com ele, essa reserva foi utilizada em alguns locais.
Apesar dos problemas ocorridos, o presidente do Inep disse considerar a realização do Enem deste ano "um sucesso". "Temos a avaliação de que tivemos sucesso nesse processo", afirmou Soares Neto.
A assessoria do Inep informou que pelo menos dois casos de tentativa de fraude foram relatados, um em Belo Horizonte e outro no Recife. O caso de Belo Horizonte teria sido cometido por um estudante que tentou usar o telefone celular no banheiro. Ele foi encaminhado para prestar esclarecimentos na polícia.
O segundo caso foi o de um jornalista que teria informado, pela internet, o tema da redação, para supostamente demonstrar a fragilidade de segurança do exame. Segundo a assessoria, o caso está sendo investigado pela Polícia Federal.
O Inep ainda registrou que estudantes estariam usando o Twitter supostamente durante o horário do exame. Depois de o órgão postar uma nota em seu twitter informando que estava monitorando esses casos para posterior ação judical, as postagens na rede de microblog teriam cessado.
Para o Inep, esses casos poderiam ser de alunos que "dançaram" (foram mal na prova) e estariam usando a rede de microblog para "tumultuar" o processo. De acordo com o órgão, as postagens poderiam ter sido feitas fora dos locais de provas, por quem não estava prestando o exame.
Abstenção
O Inep informou que a abstenção nos dois dias de prova ficou dentro do esperado. No sábado, o índice foi de 26,7% dos inscritos. No domingo, foi de 29,2%. De acordo com nota divulgada pelo MEC, 3,3 milhões de estudantes fizeram provas no fim de semana.
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