A relevância do Sistema de Imagens de Satélite
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Apesar de ter entrado em funcionamento desde 2007, o Sistema de Recepção de Imagens de Satélite ainda é pouco conhecido em Alagoas. O sistema foi criado no Instituto de Ciências Atmosféricas da Ufal para não só suprir o Estado com informações científicas relacionados a fenômenos meteorológicos, mas a Região Nordeste e todo o país. Atualmente, o Brasil conta com 28 estações com essa finalidade. O sistema monitora também o continente africano e parte do Oceano Atlântico. As imagens emitidas são rápidas e ocorrem em tempo real.
O professor Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análises e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), ressalta que o sistema pode ser aplicado em áreas como agricultura, oceanografia e meio ambiente. “Nas regiões de Alagoas, sobretudo o Agreste e o Sertão, a agricultura é um meio de subsistência. O Sistema de Recepção de Imagens de Satélite pode ser utilizado para acompanhar a ocorrência de chuvas e fazer o monitoramento das imagens para diagnosticar a distribuição no Estado. O produto derivado dessas imagens também pode ser utilizado para monitorar a cobertura vegetal em áreas agrícolas”, explica Humberto.
A utilização do sistema na área ambiental é o monitoramento diário da cobertura vegetal de todo o território nacional. Isso permite saber a localização das áreas críticas decorrentes de degradação do uso do solo, principalmente o fenômeno de áreas em processo de desertificação. “Em Alagoas há áreas que apresentam alto grau de degradação ambiental e alguns pontos de desertificação”, destaca o professor.
Na oceanografia, o Sistema de Recepção de Imagens de Satélite tem a capacidade de fazer o monitoramento diário de toda a Costa Leste da Bacia do Atlântico Sul (desde a região das Ilhas Malvinas até a região de Açores, próximo a Portugal). “O potencial de aplicação do sistema é grande, mas não tem ainda um conhecimento do poder local e sociedade alagoana. Vem funcionando também como espaço para capacitação de recursos humanos na área”, enfatiza Humberto.
A equipe do Lapis é integrada pelos alunos pesquisadores Ivon Wilson da Silva Júnior (mestre em Meteorologia); Diego Raoni Rocha e Fabiano Prestelo de Oliveira, (mestrandos em Meteorologia); e Leandro Rodrigo da Silva (graduando em Meteorologia).