Projeto de extensão inclui pessoas com deficiências no mercado de trabalho
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William Correia – estudante de Jornalismo
Um projeto de extensão em andamento na Unidade de Ensino Palmeira dos Índios tem a intenção de facilitar o acesso de pessoas com deficiências, incapacidades e necessidades especiais ao mundo empregatício. O projeto “Inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho” está sendo implantado, por meio do curso de Psicologia, nas áreas urbana e rural dos municípios de Palmeira dos Índios e Arapiraca.
Empresários e representantes de empresas envolvidas com a inclusão de pessoas com deficiências estão sendo mobilizadas para participar, além de professores, alunos e servidores do Campus Arapiraca Unidade Palmeira, sociedade civil e associações comunitárias. O projeto se justifica com base no histórico negativo relativo à temática nos dois municípios, e se apoia também em legislação específica que garante o acesso de pessoas com deficiências ao mercado. Outros motivos da implementação são a dimensão demográfica dos municípios e a quantidade de empresas em seu território.
“Nesse caminho, a intenção é que a inclusão da pessoa portadora da deficiência possa ocorrer da forma mais adequada, não apenas por cumprimento legal, mas por uma questão de responsabilidade social”, defende um dos responsáveis pelo projeto, o professor Antônio Alves Filho, que pretende expandir a iniciativa a outros municípios, indicando dados do ano 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) que apontam um número de 16,78% da população do Estado com algum tipo de deficiência.
Atualmente, o projeto já passou pela etapa de captação de dados como a quantidade de empresas que precisam cumprir a lei da cota. Agora, duas fases estão em andamento: entrevistas, objetivando a análise de cargos nas empresas, e a identificação do perfil das pessoas com deficiência dos centros de reabilitação nos municípios.
Etapas
A etapa de identificação da quantidade de portadores ainda não está concluída. A previsão é para o fim deste ano e início do próximo, segundo informações de Alves Filho. Mas, estima-se que uma média de 300 pessoas possam ser diretamente atendidas até o fim do projeto. Jackeline Santos, bolsista do projeto, e estagiárias do quinto ano de curso contribuem para o andamento desta etapa.
O professor revela que das doze empresas identificadas com a necessidade de cumprimento da lei da cota, cinco já estão mudando sua realidade. O principal argumento das empresas que ainda não se adequaram à legislação, segundo ele, é de “não ter” o deficiente adequado à vaga. “Esse é um dos aspectos que o projeto mais se debruçará, pois sabemos que são muitos os fatores que envolvem esse ‘não ter’”, diz.
Interessados em participar do projeto podem realizar cadastro até o dia 17 deste mês, no Centro de Reabilitação de Palmeira dos Índios. O cadastro será reiniciado junto com o início do ano letivo de 2011, em fevereiro.