Diretor da Capes recebe homenagem nos 50 anos da Ufal

Rose Ferreira – jornalista, com informações da Ascom Fapeal

A Universidade Federal de Alagoas e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) realizaram na sexta-feira, 28, uma homenagem ao professor doutor Emídio Cantídio de Oliveira Filho. Em seguida, Emídio Cantídio proferiu a palestra intitulada “A pós-graduação como instrumento para a pesquisa: qual o papel do Estado?”, no auditório da Fapeal.

Estiveram presentes à solenidade Tadeu Muritiba, diretor da Fapeal; José Medeiros, vice-diretor da Fapeal; Ana Dayse Dorea, reitora da Ufal; Eurico Lôbo, vice-reitor da Ufal; Jairo Costa, reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); Carlos Henrique de Almeida, pró-reitor do Instituto Federal de Alagoas(IF-AL), representando o reitor da instituição; Almira Alves, vice-reitora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal); Eduardo Setton, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação;  além do homenageado professor Emídio Cantídio, professores e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento.

A homenagem ao engenheiro agrônomo, mestre e doutor pela University of Califórnia, Emídio Cantídio, foi em um momento muito oportuno, no qual a Ufal comemora seus 50 anos e a Fapeal os seus 20 anos. O professor Emídio recebeu placas, destacando sua atenção e apoio especial às universidades do Nordeste, que visam o desenvolvimento da pós-graduação em cada estado. Além disso, foi presenteado com um kit comemorativo do cinquentenário da Ufal.

A reitora Ana Dayse também foi homenageada pela Fapeal, com um buquê de lírios, pelo seu desempenho à frente da instituição de ensino superior mais antiga do Estado e pelo Jubileu de Ouro da Universidade.

Passadas as homenagens, Emídio Cantídio iniciou sua fala ressaltando sua entrada na Universidade aos 16 anos e que, desde então, nunca mais deixou de estar vinculado ao ensino superior, seja como professor, reitor que foi da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), ou diretor do Programa de Bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cargo que exerce atualmente. Para cada instituição ali representada, falou da importância do planejamento estratégico, de saber o quê se quer e como alcançá-lo. “A Universidade, seja ela federal ou estadual, precisa ser completamente aberta e bem quista pela sociedade, até que seja imprescindível, assim não tem governo que não invista”, aconselhou.

Sobre os baixos índices de desenvolvimento humano e educacionais em Alagoas, Emídio os comparou a limões. “Limões são muito ruins para serem saboreados, mas são ótimos para fazer limonada. Nunca devemos nos espantar com os números, mas precisamos de pessoas tenham orgulho do lugar onde estão e que ‘arregacem as mangas’ para transformar a realidade. Se os responsáveis por áreas estratégicas aqui em Alagoas, incluindo as universidades, pegarem um problema para resolver ou buscar soluções, teremos uma gostosa ‘limonada’ no final”, explicou.

Finalizando sua palestra, lançou três desafios às universidades ali presentes, incluindo representantes de faculdades particulares: criar um sistema alagoano de ensino superior, com as especificidades daqui; participar ativamente do planejamento do Estado, ano após ano, criando o programa “Pensar Alagoas”; e instituir o Programa Plurianual de Pesquisa e Inovação de Alagoas.

A reitora Ana Dayse Dorea corroborou a palestra quando iniciou seu discurso afirmando que quem trabalha com educação, tem que olhar para o futuro. “Em imagino como viveríamos sem sonhar, sem pensar alto... O que estamos fazendo agora só vai ter repercussão daqui a dez ou 15 anos,mas educação é planejada a longo prazo e temos que ter ciência disso”, esclareceu Dorea, que também defendeu a importância de reunir todas as instituições de ensino superior para planejar as ações do Estado.

Sobre a Capes

A Capes existe desde 1951 e é o órgão responsável pela elaboração do Plano Nacional de Pós-Graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado) no Brasil. Possui como missão subsidiar o Ministério da Educação no que concerne à formulação de políticas voltadas à formação de pessoal qualificado para o atendimento das demandas dos setores público e privado. Desde 2007, tem também a finalidade de induzir e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais de magistério.