Medicina inicia Mestrado para capacitar docentes na área de saúde


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Rosana Vilela comemora o fortalecimento da pós-graduação em saúde na Ufal
Rosana Vilela comemora o fortalecimento da pós-graduação em saúde na Ufal

Lenilda Luna - jornalista

Em quase todas as profissões, a necessidade de capacitação permanente tornou-se regra. Quando se trata de Medicina, então, os avanços científicos e tecnológicos na área de saúde, exigem que os profissionais estejam sempre se atualizando. O problema é a rotina corrida dos médicos, que acabam se reciclando na prática do atendimento diário aos pacientes.

Talvez por isso, segundo a ex-diretora da Faculdade de Medicina, Rosana Vilela, o curso tenha tantos professores capacitados, mas poucos com Mestrado. Diante dessa necessidade de continuidade da capacitação acadêmica, foi aprovado pela Capes, em dezembro de 2010, o Mestrado Profissional em Ensino da Saúde, voltado para quem já está no exercício da profissão e exerce a docência na área ou acompanha acadêmicos em estágio nos hospitais e postos de saúde, os chamados preceptores. A procura foi grande, as inscrições foram encerradas com 339 candidatos para as vinte vagas oferecidas.

A coordenação do Mestrado ficou a cargo de Rosana Vilela, que, como ex-diretora da unidade acadêmica, sabe bem a importância de investir na formação de docentes, que por sua vez, vão qualificar melhor os futuros médicos, para atuarem principalmente fortalecendo o Sistema Único de Saúde. “Pela grande número de inscritos, pudemos confirmar a demanda reprimida na formação de docentes dos cursos de Medicina”, ressaltou a coordenadora do Mestrado.

Segundo Rosana, houve um fortalecimento da pós-graduação em saúde na Ufal. “Contávamos com os Mestrados em Nutrição e de Ciências Biológicas. Ano passado, aprovamos o mestrado profissional em Ensino da Saúde e mais os de Enfermagem e Psicologia”, comemora a coordenadora.

Qualificando a prática da Medicina

Rosana Vilela ressalta que o mestrado profissional é voltado principalmente para a prática médica e docente. “São aprofundadas as questões enfrentadas na rotina do trabalho, junto com os alunos. São conteúdos mais específicos do que um mestrado acadêmico direcionado para a pesquisa. Os conteúdos surgem da prática do trabalho e as teorias formuladas devem instrumentalizar esta atuação do profissional médico”, explica Vilela.

“Na área de saúde, como em outras de atuação profissional bastante dinâmica, muitas pessoas são absorvidas pela prática e não tem tempo para se dedicar apenas à pesquisa por isso a importância de um Mestrado profissional”, justifica Rosana Vilela.

Linhas de Pesquisa

O Mestrado se divide em duas linhas de pesquisa: “Integração ensino, serviço de saúde e comunidade” e “Currículo e processo de ensino-aprendizagem na formação em saúde”.

A primeira linha de pesquisa se propõe a investigar a articulação entre ensino, saúde e comunidade com ênfase nas abordagens dos processos educativos em saúde, envolvendo sujeitos, cenários e práticas de aprendizagem, além de problemas evidenciados na prática profissional, com o objetivo de melhorar o atendimento do SUS.

Já a linha de pesquisa sobre o currículo, se debruça sobre as práticas educacionais e institucionais, para avaliar o ensino na saúde. As investigações são direcionadas à formação e a prática docente. Questões como interdisciplinaridade, multiprofissionalidade e utilização de novas tecnologias no ensino devem ser abordadas pelos estudantes deste grupo.

Cronograma

As inscrições já foram encerradas. As próximas etapas são: no próximo domingo, 13 de fevereiro, será realizada a prova escrita, às 9h, no Bloco João de Deus, no campus A. C. Simões, em Maceió. O resultado será divulgado a partir do dia 18 de fevereiro. Nos dias 23 e 24 de fevereiro, os candidatos classificados na prova escrita devem apresentar a documentação, carta de recomendação e projeto de pesquisa. O resultado final será divulgado no dia 4 de março e as matrículas acontecem nos dias 16 a 18 de março. As aulas serão iniciadas no dia 28 de abril.