Governo e setor privado estudam a construção de Parque Tecnológico em Alagoas

Pré-projeto foi apresentado nesta terça-feira, 15 de março; expectativa é que o parque seja construído em Maceió, em uma área próxima à Ufal, com núcleos espalhados em regiões estratégicas em todo o Estado.


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Projeto do Parque Tecnológico de Alagoas foi apresentado nesta terça-feira. Foto: Bárbara Pacheco
Projeto do Parque Tecnológico de Alagoas foi apresentado nesta terça-feira. Foto: Bárbara Pacheco

Débora de Brito – Agência Alagoas

Com foco na utilização da tecnologia e da inovação como instrumento de desenvolvimento econômico e social para reduzir os índices sociais negativos que Alagoas possui, gestores do governo do Estado, da iniciativa privada e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) debateram, nesta terça-feira (15), a criação de um parque tecnológico.

O pré-projeto foi apresentado na Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) aos gestores e técnicos que estiveram presentes, e que acompanharam a elaboração do chamado Parque Tecnológico e Social de Alagoas, um complexo industrial e de serviços que terá base científico-tecnológica.

A expectativa é que o parque seja construído em Maceió, em uma área próxima à Ufal, com núcleos espalhados em regiões estratégicas em todo o Estado. Para a gestão do Parque Tecnológico e Social de Alagoas, foi proposto a criação de uma Fundação que atuará por meio de conselho formado por representantes de todos os órgãos envolvidos.

De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e da Inovação, Eduardo Setton, a ideia é que o Parque de Alagoas tenha a mesma forma de gestão de outros já existentes no país e que obtiveram sucesso, com o diferencial de que em Alagoas serão criados produtos e serviços com foco na solução das necessidades sociais que o Estado apresenta, atuando nas áreas de pobreza, qualidade de vida, educação, diversificação de economia, gestão e imagem.

Setton explicou que o modelo de parque tecnológico não é novidade, já sendo utilizado há anos pelos Estados Unidos como instrumento de desenvolvimento. Segundo o secretário, o Brasil possui 74 parques tecnológicos que, juntos, geram 8 mil empresas e 35 mil empregos diretos. Para Alagoas, Setton defendeu a união de todos os projetos já realizados pelo governo do Estado, setor privado e universidades, como o Polo Agroalimentar, os Arranjos Produtivos Locais (APLs), entre outros.

“Por determinação do governador Teotonio Vilela Filho, esse projeto, como os demais que estão em processo, devem atender à prioridade de combater a miséria no nosso Estado”, ressaltou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes. Uma outra preocupação do Governo é que todo o projeto tenha uma base sólida e se desenvolva de forma eficaz, atendendo às necessidades socioeconômicas de Alagoas.

“O desenvolvimento sustentável será alcançado com o empenho de todos: setor público e setor privado, por isso, iremos integrar as instituições parceiras, como o Sebrae Alagoas, Federação das Indústrias e a empresa Braskem, que já atua nesse modelo na região Sul e está investindo cerca de R$ 1 bilhão na nova fábrica de PVC em Alagoas”, informou Luiz Otavio Gomes.

Presente à reunião, o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, acrescentou que existem expectativas de êxito com o modelo de parque tecnológico para Alagoas, como ocorre na cidade de Cascavel, no Paraná. “Devemos, no entanto, focar em pesquisas que possam ser aplicadas, dando resultados concretos. Hoje, o Estado possibilita que o pequeno produtor rural tenha à disposição tecnologia e inovação, pois, desde setembro de 2010, agricultores familiares da região da Bacia Leiteira já estão sendo capacitados para utilizar a inseminação artificial”, assegurou Dantas.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Nogueira, participou da reunião e demonstrou entusiasmo com o projeto do parque tecnológico no Estado, aproximando assim o setor produtivo e a universidade. O empresário sugeriu que haja uma atenção na construção do formato de governança para que exista continuidade do projeto independente de mudanças no cenário político.

Na ocasião, o superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira, também defendeu o desenvolvimento de políticas públicas para levar tecnologia e inovação aos projetos já desenvolvidos em parceria como os APLs.

O encontro também foi acompanhado por técnicos e superintendentes das secretarias de Estado do Planejamento, da Agricultura e da Ciência e Tecnologia.