Incubadoras dão suporte a micro e pequenas empresas

William Correia – estudante de Jornalismo

As atividades de extensão da Universidade Federal de Alagoas atingem diferentes áreas e camadas sociais. Além de programas que proporcionam a efetiva participação da população do Estado em suas realizações, a Ufal permite que micro e pequenos empresários lancem suas ideias no ramo por meio do seu Programa de Empreendedorismo.

Vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), o Programa de Empreendedorismo da Universidade coordena duas incubadoras: a Incubadora de Empresas de Alagoas (Incubal), que engloba projetos de base tecnológica; e o Núcleo Espaço Gente (NEG), que apoia ideias voltadas ao desenvolvimento de tecnologias sociais.

Incubadoras são espaços pensados para dar suporte ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas, com interesse em investir em novos projetos, seja em produtos, serviços ou gestão. Essas empresas recebem uma série de facilidades, físicas ou financeiras, como custo menor que o mercado, consultoria contábil, jurídica, gerencial, de gestão financeira e de comercialização, estrutura de acordo com a necessidade de cada uma, a exemplo de salas individuais e coletivas, laboratórios e auditório.

“Mais importante que gerar empresas inovadoras, o papel do Programa de Empreendedorismo é gerar a cultura do empreendedorismo no âmbito da Universidade e da sociedade alagoana”, defende Josilan Paulino Barbosa, gerente do Programa, que indica que algumas empresas incubadas já recebem investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A possibilidade de desenvolver um negócio por meio de ambientes desse tipo atrai os profissionais porque esta modalidade oferece condições facilitadoras aos seus propositores, pois seu principal intuito é diminuir o índice que aponta quantidade significativa de empresas com “morte” decretada antes mesmo de o negócio começar a fluir.

Segundo Josilan, esses pequenos empresários têm perfil jovem, mas com alta capacitação. Entretanto, além do apoio físico e financeiro, a Incubal e o NEG ajudam no aperfeiçoamento de pessoal por meio de cursos, treinamentos, palestras, e facilita a participação e divulgação das empresas em eventos temáticos.

Atualmente, 14 empresas utilizam os serviços das incubadoras. Como resultado, 70 postos de trabalho são criados, com faturamento anual de R$ 1,5 mi. Sete dessas empresas atuam em outros Estados e duas exportam produtos e serviços.

Processo de incubação

Após a aprovação dos projetos, as empresas sem CNPJ assinarão um contrato de pré-incubação que corresponde ao apoio durante seis meses, para que sejam analisadas detalhadamente a viabilidade do negócio e a formação como pessoa jurídica. Após a formalização da empresa, o projeto entra no processo de incubação (24 meses), onde terá acompanhamento com foco no mercado.

Os projetos com pessoa jurídica também poderão participar da chamada interna e entrarão no processo de incubação. Após atingir a maturidade, as empresas poderão sair da Ufal e buscar um local para nova instalação, permanecendo como associadas caso tenha interesse das duas partes.